Quanto tempo a pessoa pode ficar com o feto morto na barriga?
Em casos de óbito embrionário durante o primeiro trimestre – abaixo de 12 semanas de gestação -, é possível esperar até 15 dias para que o organismo aja sozinho e expulse naturalmente. ‘A falta de informação é a que mais gera conflitos na saúde. Jamais vamos por em risco a vida.
Quando o feto morre e não é expulso?
Natimorto é a morte de um feto após 20 semanas de gravidez.
Um natimorto pode ser causado por um problema na mulher, na placenta ou no feto. O médico faz exames de sangue para tentar identificar a causa de um natimorto. Se o feto morto não for expelido, é possível que a mulher receba medicamentos para ajudar o útero a expelir o conteúdo ou o conteúdo é removido cirurgicamente por meio de dilatação e evacuação.
Complicações da gravidez são problemas que ocorrem apenas durante a gravidez. Elas podem afetar a mulher, o feto ou ambos e surgir várias vezes durante a gravidez. No entanto, a maioria das complicações da gravidez pode ser tratada. Ter um natimorto aumenta o risco de morte do feto em gestações seguintes.
Entrada do sangue do feto na corrente sanguínea da mãe Problemas com o cordão umbilical (por exemplo, prolapso do cordão umbilical ou um nó) Quadros clínicos que reduzem o fluxo sanguíneo (e, assim, oxigênio e nutrientes) para o feto
Às vezes, o feto morre quando ele tem um problema, tais como
Avaliação médica Exames para identificar a causa
Uma cardiotocografia: A frequência cardíaca do feto é monitorada enquanto o feto está parado e enquanto se movimenta. Para esse exame, o médico utiliza um dispositivo ligado ao abdome da mulher. Perfil biofísico: Uma ultrassonografia é utilizada para produzir imagens do feto em tempo real e o feto é observado. Esse exame permite que o médico avalie a quantidade de líquido amniótico e examine o feto quanto à presença de respiração rítmica, movimento e tônus muscular durante intervalos.
Para tentar identificar a causa do natimorto, o médico faz exames de sangue e genéticos (como exames para detectar infecções, diabetes, distúrbios da tireoide e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo). O médico também recomenda uma avaliação do feto para detectar possíveis causas, como infecções e anomalias cromossômicas.
Caso necessário, medicamentos para expelir o feto Caso necessário, procedimentos para remover tecido que eventualmente tenha permanecido no útero Apoio emocional e psicoterapia
Se o feto morto não for expelido, é possível que a mulher receba prostaglandina (um medicamento semelhante a um hormônio que estimula a contração do útero), como, por exemplo, o misoprostol, para fazer com que o colo do útero se abra (se dilate). Depois disso, ela normalmente recebe ocitocina, um medicamento que estimula o trabalho de parto, dependendo de quão avançada está a gravidez.
Caso a gravidez tenha menos de 24 semanas ou o feto seja relativamente pequeno, uma dilatação e evacuação (D e E) possivelmente será realizada para remover o feto morto. Antes de realizar uma D e E, é possível que o médico use substâncias naturais que absorvem líquidos (por exemplo, caules de algas marinhas secas) ou um medicamento (por exemplo, o misoprostol) para ajudar a abrir o colo do útero.
Se qualquer tecido do feto ou da placenta permanecer no útero, uma curetagem por sucção Aborto cirúrgico é realizada para removê-lo. Um espéculo é usado para afastar as paredes da vagina e o colo do útero é dilatado. Em seguida, um tubo flexível é inserido no útero para remover o feto e a placenta. Direitos autorais © 2023 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
Quanto tempo demora para o corpo expulsar um feto morto de 4 meses?
O que fazer em caso de um aborto espontâneo? – Se você está sofrendo uma ameaça de aborto, o médico pode recomendar repouso absoluto até que o sangramento ou dor desapareça, Um exame de ultrassonografia determinará se o embrião morreu ou nunca se formou.
- Um resultado positivo significa que o aborto vai acontecer.
- Nesse caso existem algumas opções de procedimentos.
- Se não existir sinais de infecção, pode-se optar por deixar que o progresso do aborto seja natural.
- Isso acontece em até duas semanas, após determinar que o embrião tenha morrido.
- Mas o processo pode demorar de três a quatro semanas em alguns casos.
O que torna o momento muito difícil emocionalmente. E caso a expulsão não aconteça, será necessário tratamento médico ou cirúrgico. Caso a mulher opte por acelerar o processo, o médico pode receitar uma medicação que ajuda o corpo a expulsar o tecido da placenta.
- Ela pode ser tomada por via oral, ou o médico pode recomendar a inserção por via vaginal para aumentar a sua eficácia e minimizar os efeitos colaterais, como náuseas e diarreia.
- Na maioria dos casos, esse tratamento funciona em 24 horas.
- Outra opção é a curetagem.
- Neste procedimento cirúrgico o médico vai dilatar o colo do útero e remover o tecido de dentro.
Esse tipo de tratamento será necessário caso o aborto seja acompanhado de sangramento ou sinais de uma infecção. Existe também a aspiração manual intrauterina (AMIU), onde é introduzida uma cânula pelo colo uterino que chega até a cavidade uterina e o material é aspirado por meio de sucção.
Quanto tempo leva para expelir embrião?
Tratamento do aborto espontâneo – Alexandre Faisal Cury destaca que a maioria dos casos de aborto espontâneo evolui sem grandes complicações, como hemorragias ou infecções, ou comprometimento da coagulação. No geral, o processo de «eliminação» do embrião dura duas semanas, podendo chegar a quatro em casos raros.
- É possível monitorar o processo por ultrassom.
- A intervenção cirúrgica é feita quando temos uma gestação um pouco mais avançada, sem sinais clínicos de evolução do abortamento, o chamado aborto retido, em que os restos placentários e ovários não foram eliminados até a terceira, quarta semana», explica o médico.
Nos casos de intervenção cirúrgica, existem a curetagem e a aspiração intrauterina. Pereira destaca que quando uma mulher grávida nota os sinais do aborto espontâneo, ela deve procurar imediatamente um obstetra, que fará o diagnóstico e definirá o tratamento mais indicado.
Como ajudar a expelir o feto morto?
Conduta Farmacológica – Outra opção para o tratamento de aborto retido é o de internar a paciente e fornecer medicamentos à base de ocitocina para provocar contrações uterinas. Dessa forma, a mãe passa por uma situação parecida com a de um parto normal e, assim, o embrião e os resíduos são expelidos.E ssa conduta, portanto, reduz o risco decorrente de processos cirúrgicos e da anestesia.
Quais são os sintomas de um feto morto na barriga?
Quais são os sinais do aborto retido? – A mulher pode sentir alguns sinais que indiquem que ela está sofrendo um aborto retido. Entretanto, muitas gestantes podem ser assintomáticas e passar várias semanas sem notar algum sinal. Por esta razão, é de extrema importância realizar o acompanhamento médico e todos os exames do pré-natal como a ultrassonografia e exames de sangue laboratorial.
Sangramento vermelho vivo ou em cor marrom; Dor pélvica ;Desaparecimento dos sintomas gestacionais (náuseas, vômitos, frequência urinária elevada);Ausência de crescimento no volume uterino e da barriga.
Quando não é necessário fazer curetagem?
O que é melhor: aguardar a expulsão espontânea ou fazer uma curetagem uterina? – Nesses casos, embora muitas pacientes tenham o desejo de resolver imediatamente a situação fazendo procedimentos de esvaziamento uterino, o melhor seria aguardar a descida espontânea da menstruação.
Quanto tempo pode esperar para fazer uma curetagem?
Curetagem: quando é necessário fazer? A curetagem é eficaz em quase 100% dos casos de aborto retido. Por esta razão, se o tratamento expectante e farmacológico não derem certo e quatro semanas depois do diagnóstico o feto ainda estiver retido, é necessário internar a paciente para realizar a curetagem.
Quando o feto está morto o teste de gravidez da Positivo?
Apesar da morte do feto, nenhum produto da concepção é eliminado e os sinais da gestação simplesmente desaparecem.
Como saber se o feto foi expulso do corpo?
Recursos do assunto Um aborto espontâneo é a perda de um feto antes da 20ª semana de gravidez.
Abortos espontâneos podem ocorrer devido a um problema no feto (por exemplo, uma doença genética ou um defeito congênito) ou na mulher (por exemplo, anomalias estruturais dos órgãos reprodutores, infecção, uso de cocaína ou álcool, fumar cigarro ou lesão); porém, muitas vezes, a causa é desconhecida. Sangramento e cólicas podem ocorrer, principalmente no final da gravidez. O médico examina o colo do útero e, geralmente, faz uma ultrassonografia. Se algum vestígio da gravidez permanecer no útero após um aborto espontâneo, ele será removido.
Complicações da gravidez são problemas que ocorrem apenas durante a gravidez. Elas podem afetar a mulher, o feto ou ambos e surgir várias vezes durante a gravidez. No entanto, a maioria das complicações da gravidez pode ser tratada. Por definição, um aborto espontâneo envolve a morte do feto, e ele pode aumentar o risco de aborto espontâneo em futuras gestações.
Um aborto espontâneo ocorre entre 10% e 15% das gestações reconhecidas. Uma grande quantidade de abortos espontâneos não é reconhecida, porque ocorre antes de a mulher descobrir que está grávida. Aproximadamente 85% dos abortos espontâneos ocorrem durante as primeiras 12 semanas de gravidez e até 25% de todas as gestações terminam em aborto durante as primeiras 12 semanas de gravidez.
Os restantes 15% dos abortos espontâneos ocorrem durante a 13ª até a 20ª semana. Nenhuma causa é identificada em muitos dos abortos espontâneos que ocorrem entre a 13ª e a 20ª semana. Os fatores de risco (quadros clínicos que aumentam o risco de apresentar o distúrbio) para o aborto espontâneo incluem:
Idade acima de 35 anos Ferimentos graves
Choque emocional repentino (por exemplo, resultante de receber más notícias) e ferimentos leves (por exemplo, resultante de escorregões e quedas) não estão relacionados com o aborto espontâneo. Um aborto espontâneo geralmente é precedido por uma mancha de sangue vermelho-vivo ou escuro ou um sangramento mais evidente.
O útero se contrai, causando cólicas. No entanto, entre 20% e 30% das gestantes têm algum sangramento pelo menos uma vez durante as primeiras 20 semanas de gravidez. Aproximadamente metade desses episódios resulta em um aborto espontâneo. No início de uma gravidez, o único sinal de um aborto espontâneo talvez seja uma pequena quantidade de sangramento vaginal.
Mais no final da gravidez, um aborto espontâneo pode causar sangramento abundante e o sangue, às vezes, contém muco ou coágulos. As cãibras se tornam mais graves até que o útero acaba se contraindo o suficiente para expelir o feto e a placenta. Uma infecção pode ocorrer caso algum fragmento do feto ou da placenta permaneça no útero.
Avaliação médica Ultrassonografia Exames de sangue
A ultrassonografia geralmente também é feita. Ela pode ser usada para determinar se um aborto espontâneo já ocorreu ou, caso contrário, se o feto está ainda vivo. Se um aborto espontâneo ocorreu, a ultrassonografia pode mostrar se o feto e a placenta foram expulsos completamente.
- Se o útero não aumentar progressivamente ou se os níveis de hCG não aumentarem como esperado durante a gravidez, os médicos suspeitam de um aborto oculto, ou seja, o feto morreu, mas não foi expelido do útero.
- No caso de mulheres que sofreram vários abortos espontâneos, talvez seja o caso de elas consultarem um médico antes de tentarem engravidar novamente.
O médico pode examiná-las à busca de anomalias genéticas ou estruturais e outros distúrbios que aumentam o risco de ter um aborto espontâneo. Por exemplo, o médico pode fazer:
Um exame por imagem (como uma ultrassonografia, uma histeroscopia ou uma histerossalpingografia) para procurar por anomalias estruturais Exames de sangue para verificar quanto à presença de determinados distúrbios, como a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, diabetes, alterações hormonais e distúrbios da tireoide Exames genéticos para verificar se existem anomalias cromossômicas
Se identificadas, algumas das causas de aborto espontâneo anterior, podem ser tratadas, fazendo com que seja possível uma gravidez bem-sucedida.
No caso de aborto completo, nenhum tratamento No caso de ameaça de aborto, uma avaliação periódica dos sintomas da mulher (observação) Para abortos inevitáveis, incompletos ou ocultos, observação ou remoção do conteúdo do útero Imunoglobulina Rho(D) se a mãe tiver sangue Rh negativo Às vezes, analgésicos Apoio emocional
Se um aborto espontâneo ocorreu e o feto e a placenta foram completamente expelidos, não é necessário nenhum tratamento. Se o feto estiver vivo e o colo do útero não se abriu (ameaça de aborto), não há um tratamento específico que pode ajudar, mas o médico avalia periodicamente os sintomas da mulher ou faz uma ultrassonografia.
Se a mulher não tiver febre e não parece doente, ela será monitorada pelo médico com atenção enquanto se aguarda para ver se o útero expulsa o conteúdo por si próprio. Saber se essa abordagem é segura depende da quantidade de tecido remanescente, de que maneira o útero aparece na ultrassonografia de pelve e o momento em que se acredita que ocorreu o aborto espontâneo. Antes da 12ª semana de gravidez, a mulher pode esperar pela expulsão espontânea da gravidez ou o médico pode receitar um medicamento que causa a expulsão do conteúdo do útero (misoprostol, às vezes com mifepristona). Alternativamente, o médico pode remover o conteúdo do útero por meio de dilatação e curetagem (D e C) com sucção Aborto cirúrgico aplicada através de um tubo flexível inserido no útero através da vagina. Entre a 16ª e a 23ª semana, é possível que seja usado um medicamento que consegue induzir o trabalho de parto e, com isso, expelir o conteúdo do útero. Esses medicamentos incluem a ocitocina (geralmente usada em um estágio mais avançado da gravidez) e misoprostol (geralmente usado em um estágio mais inicial da gravidez).
Antes de remover cirurgicamente o feto durante o primeiro ou segundo trimestres, o médico pode utilizar substâncias naturais que absorvem líquidos (como caules de algas marinhas secas) para ajudar a abrir o colo do útero. Alternativamente, ele pode administrar à mulher uma prostaglandina (um medicamento à base de hormônios que estimula a contração do útero), como o misoprostol.
Esses tratamentos fazem com que a remoção dos tecidos seja facilitada. Se um medicamento é utilizado, a curetagem por sucção ou a D e E podem ser necessárias depois de remover pedaços de placenta. A D e E podem não estar disponíveis, porque requerem treinamento especial. Analgésicos são administrados, caso necessário.
Depois de um aborto espontâneo, a mulher pode sentir luto, tristeza, raiva, culpa ou ansiedade sobre gestações seguintes.
Luto: O luto por uma perda é uma resposta natural e não deve ser suprimida ou negada. Falar sobre seus sentimentos com outra pessoa talvez ajude a mulher a lidar com os próprios sentimentos e a ter uma perspectiva melhor. Culpa: A mulher talvez pense que ela fez algo para causar o aborto espontâneo. Normalmente, ela não fez nada. Talvez ela se lembre de ter tomado um medicamento comum sem receita médica no início da gravidez, ter bebido um copo de vinho antes de saber que estava grávida ou ter feito outra coisa rotineira. Essas coisas quase nunca são a causa de um aborto espontâneo e, portanto, ela não deve se sentir culpada. Ansiedade: É possível que a mulher que teve um aborto espontâneo queira conversar com o médico sobre a possibilidade de haver um aborto em gestações seguintes e fazer exames se necessário. Embora sofrer um aborto espontâneo aumente o risco de ter outro, a maioria das mulheres consegue engravidar novamente e ter um bebê saudável.
O médico oferece apoio e, quando adequado, tranquiliza a mulher ao afirmar que o aborto espontâneo não foi culpa dela. Psicoterapia formal raramente é necessária, porém, o médico a coloca à disposição da mulher que quiser fazê-la. Grupos de apoio podem ajudar. Direitos autorais © 2023 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
É necessário fazer curetagem com 8 semanas?
O que é melhor: aguardar a expulsão espontânea ou fazer uma curetagem uterina? – Nesses casos, embora muitas pacientes tenham o desejo de resolver imediatamente a situação fazendo procedimentos de esvaziamento uterino, o melhor seria aguardar a descida espontânea da menstruação.
Como saber se o feto foi expulso?
O exame de ultrassom poderá confirmar a interrupção da gravidez, ao identificar na imagem a falta de batimentos cardíacos e de movimentação do bebê. Pode ser também que o feto não apareça na ultrassonografia, caso já tenha sido eliminado pelo útero materno.
Qual remédio substitui a curetagem?
ARTIGO ORIGINAL Uso do misoprostol em substituição à curetagem uterina em gestações interrompidas precocemente Misoprostol in substitution at uterine curettage in early pregnancy failure Francisco Carlos Nogueira Arcanjo I, II ; Alita Silva Ribeiro III ; Tarciano Granjeiro Teles I ; Raimunda Hermelinda Maia Macena IV ; Francisco Herlânio Costa Carvalho V, VI I Médico do Serviço de Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – Sobral (CE), Brasil II Professor Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará – Campus de Sobral – UFC – Sobral (CE), Brasil III Enfermeira do Serviço de Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral – Sobral (CE), Brasil IV Professora Adjunta da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará – Campus de Fortaleza – UFC – Fortaleza (CE), Brasil V Professor Adjunto do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará – Campus de Fortaleza – UFC- Fortaleza (CE), Brasil VI Vice-coordenador do Mestrado em Saúde Pública da Universidade Federal do Ceará – UFC- Fortaleza (CE), Brasil Correspondência Correspondência: Francisco Herlânio Costa Carvalho Departamento de Saúde Comunitária Rua Prof. Costa Mendes, 1.698 – 5º andar Rodolfo Teófilo – CEP: 60430-140 Fortaleza (CE), Brasil E-mail: [email protected] RESUMO OBJETIVOS: Avaliar a eficácia do misoprostol administrado via vaginal para esvaziamento uterino em gestações interrompidas precocemente, bem como o tempo entre a administração e o esvaziamento, correlacionando-os com a idade gestacional. MÉTODOS: Ensaio clínico com 41 pacientes com gestações interrompidas entre a 7ª e a 12ª semanas gestacionais, com média de idade de 27,3 (±6,1) anos. A paridade média foi de 2,2 (±1,2) partos; o número médio de abortamentos prévios foi 0,2 (±0,5). Foram administrados 800 µg de misoprostol via vaginal, em dose única; após 24 horas, foi realizado ultrassom transvaginal. Considerou-se abortamento completo quando o diâmetro anteroposterior da cavidade endometrial media t de Student, dois grupos ( 8 semanas de idade gestacional) em relação aos desfechos: frequência de abortamento completo e intervalo entre administração de misoprostol e o abortamento (em minutos). O nível de significância utilizado foi de 5%. RESULTADOS: A idade gestacional, no momento do diagnóstico, foi de 8,5 semanas em média (DP=1,5). Os intervalos entre a administração de misoprostol e as contrações uterinas, e entre a administração e o abortamento, foram de 322,5±97,0 min e 772,5±201,0 min, respectivamente. Houve abortamento completo em 80,3%. No primeiro grupo, a taxa de sucesso foi de 96,2% e no segundo, de 53,3% (p versus 939,5±105,7 minutos, p<0,01). Os efeitos colaterais observados foram hipertermia (12,1%), náuseas (7,3%), diarreia ou mastalgia (2,4%). Não se observou nenhum caso de infecção genital. CONCLUSÕES: O uso do misoprostol vaginal é uma segura e eficaz alternativa à curetagem uterina para gestações interrompidas no primeiro trimestre, sendo melhor em gestações até 8ª semana. O intervalo de tempo até o esvaziamento foi menor em gestações que foram interrompidas mais precocemente. Palavras-chave: Aborto retido Misoprostol/administração & dosagem Avaliação de eficácia-efetividade de intervenções Curetagem ABSTRACT PURPOSE: To evaluate the effectiveness of misoprostol administered vaginally for uterine evacuation in interrupted early pregnancies and the time between the administration and emptying correlated with gestational age. METHODS: Clinical trial with 41 patients with pregnancies interrupted between the 7 th and the 12 th gestational weeks. The mean age was 27.3 (±6.1) years. Mean parity was 2.2 (±1.2) deliveries. The average number of previous abortions was 0.2 (± 0.5). Misoprostol was administered vaginally in a single 800 µg dose and transvaginal ultrasound was performed after 24 hours. Abortion was considered complete when the anteroposterior diameter of the endometrial cavity measured 8 weeks of gestational age) were compared using the binomial test and Student's t test regarding outcome: frequency of complete abortion and the interval between administration of misoprostol and abortion (in minutes). The level of significance was 5%. RESULTS: The mean gestational age at diagnosis was 8.5 weeks (SD=1.5). The intervals between administration of misoprostol and uterine contractions and between the administration and abortion were 322.5±97.0 minutes and 772.5±201.0 minutes, respectively. There was complete abortion in 80.3%. The success rate was 96.2% for the first group and 53.3% for the second (p<0.01). We observed a statistically significant difference in time between administration and uterine evacuation (676.2±178.9 vs.939.5±105.7 minutes, p<0.01). The side effects observed were hyperthermia (12.1%), nausea (7.3%), diarrhea or breast pain (2.4%). No case of genital infection was observed. CONCLUSIONS: The use of vaginal misoprostol is a safe and effective alternative to curettage for interrupted early pregnancies, being better in pregnancies up to the 8 th week. The time interval until emptying was lower in pregnancies that were interrupted earlier. Keywords: Abortion, missed Misoprostol/administration & dosage Evaluation of the efficacy-effectiveness of interventions Curettage Introdução A perda gravídica precoce é uma complicação que ocorre em torno de 15 a 20% de todas as gestações. Aproximadamente 88% dos abortos acontecem nas primeiras 12 semanas de gravidez 1, Ao longo dos anos, têm sido oferecido para as pacientes dois métodos de conduta: expectante versus curetagem uterina. A curetagem uterina é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes em obstetrícia; embora seja relativamente segura, pode estar associada com infecção, perfuração uterina, estenose cervical, hemorragias e riscos anestésicos 2,A conduta expectante usualmente resulta na completa expulsão do produto da concepção, contudo o intervalo entre o diagnóstico e a expulsão é variado e o risco de infecção e complicações hemorrágicas são preocupantes 3, Alguns autores buscando um método menos invasivo, com menor risco de infecção e menor custo aos serviços, avaliaram a eficácia de medicamentos para provocar o aborto. A maioria dos estudos tem usado um análogo de prostaglandina sintética E 1, o misoprostol, representando uma alternativa segura para dilatação e curetagem. O uso do misoprostol para gravidez inviável do primeiro trimestre, com o intuito de esvaziamento uterino, resulta em expulsão completa em torno de 13 a 96%, na dependência da dosagem, via de administração e idade gestacional 3, Este estudo teve como objetivos avaliar a eficácia do uso do misoprostol 800 µg via vaginal para o esvaziamento uterino em gestações interrompidas no primeiro trimestre e verificar se o tempo entre a administração e o esvaziamento correlaciona-se com a idade gestacional. Métodos Realizou-se estudo em que foram incluídas pacientes com diagnóstico ecográfico de gestação interrompida (feto sem batimento cardíaco) com idade entre a 7ª e a 12ª semanas, colo impérvio e ausência de contrações uterinas e de sangramento transvaginal (STV), que foram admitidas na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Sobral - Sobral (CE), no período de janeiro a julho de 2006. A média de idade das pacientes foi de 27,3 anos (desvio padrão de 6,1). Quinze pacientes eram primigestas (39,6%), 10 secundigestas (24,4%) e 16 multigestas, houve relato de aborto prévio em 8 delas (19,5%). Foram excluídas as pacientes com sinais de abortamento em curso, com antecedente de cirurgias uterinas ou outra contraindicação ao uso do misoprostol. Todas as pacientes foram orientadas sobre os procedimentos e foram incluídas no estudo após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, conforme protocolo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Após o diagnóstico ecográfico, as pacientes foram admitidas para manejo intra-hospitalar. Todas elas receberam misoprostol em dose única, 4 comprimidos de 200 µg via vaginal, colocados no fundo de saco posterior por toque bidigital. Os comprimidos foram ligeiramente embebidos em solução fisiológica (NaCl 0,9%) para melhorar sua dispersão e absorção pela mucosa vaginal. As pacientes foram orientadas a comunicar ao médico o período que iniciavam as contrações uterinas, presença de sangramento transvaginal e quando estivessem abortando (eliminando o produto conceptual). Realizou-se ultrassonografia transvaginal após 24h com transdutor endocavitário de 6,5 MHz em aparelho da marca Toshiba ®, Considerou-se abortamento completo quando a medida do maior diâmetro anteroposterior da cavidade endometrial era menor ou igual a 15 mm 4, As pacientes recebiam alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial semanal, após orientação sobre sinais de infecção ou de hemorragia, sem medicação prescrita. Realizou-se um acompanhamento semanal por quatro semanas para monitorização do sangramento transvaginal e sinais de infecção. Quando esta medida persistia maior que 15 mm, a paciente era submetida à curetagem uterina pela retenção de considerável quantidade do produto da concepção e era liberada do hospital após 24 horas do procedimento cirúrgico. Nenhuma paciente recebeu nova dose de misoprostol. Foram descritos a porcentagem de pacientes que tiveram aborto completo, o intervalo entre o uso do misoprostol e o abortamento e a frequência dos efeitos adversos à droga para a população geral e por grupos. A população foi dividida em dois grupos quanto à idade gestacional no momento da interrupção da gestação: o primeiro grupo formado por aquelas entre a 7ª a 8ª semanas e o segundo grupo entre a 9ª e a 12ª semanas gestacionais. Para a comparação da variável intervalo entre a administração do misoprostol e o abortamento entre os grupos, foi utilizado o teste t de Student, com os resultados expressos em média e desvio-padrão. Quanto à taxa de sucesso utilizou-se o teste binomial com valores expressos em porcentagem. Os dados do estudo foram digitados pelo Epi Info, versão 6.04d, do Center for Disease Control and Prevention e analisados por meio do STATA TM, versão 10.0, desenvolvido pela STATA Corporation (Texas, EUA). Resultados A média da idade gestacional foi 8,5 semanas (variando de 7 a 12 semanas, ±1,5). Vinte e seis gestantes (63,4%) se encontravam entre a 7ª e a 8ª semanas, oito na 9ª semana (19,5%) e sete entre a 10ª e a 12ª semanas (17,1%) ( Tabela 1 ). Trinta e três pacientes (80,5%) apresentaram abortamento completo e oito (19,5%) foram submetidas à curetagem uterina. Das oito pacientes que necessitaram de curetagens, duas encontravam-se na 12ª, duas na 10ª, duas na 9ª, uma na 11ª e outra na 8ª semanas ( Tabela 1 ). Quando comparada a taxa de sucesso entre os grupos, verificou-se taxa maior no grupo de menor idade gestacional: 96,2% entre a 7ª e a 8ª, e 53,3% no grupo entre a 9ª e a 12ª semanas gestacionais (p Tabela 2 ). O intervalo entre a administração do misoprostol e o início das contrações foi de 322,5 min em média (±97 min). O intervalo entre as contrações e o aborto teve média de 450 min (±162,8 min). O intervalo entre o uso do misoprostol e o abortamento foi de 772,5 min em média (±201 minutos, mínimo de 406 e máximo de 1.020 min). Quando se comparou o intervalo entre a administração do misoprostol e o abortamento nas gestações até a 8ª semana e nas superiores a esta idade gestacional, verificou-se um intervalo menor para o primeiro grupo (676,2±178,9 min, com mínimo de 406 e máximo de 998 min). Para o segundo grupo os valores foram de (939,5±105,7 minutos, mínimo de 624 e máximo de 1.020 min) (p Tabela 2 ). Cinco pacientes (12,1%) apresentaram temperatura acima de 37,5ºC (hipertermia), três (7,3%) referiram náuseas e uma (2,4%) apresentou diarreia. Nenhuma paciente apresentou vômito ou outro sinal de infecção afora a hipertermia; todas as pacientes que apresentaram elevação da temperatura tiveram seus leucogramas aferidos, com resultados normais, antes da alta hospitalar. No estudo anatomopatológico solicitado do material abortado evidenciou-se, em todas pacientes, demonstrações de vilosidades de primeiro trimestre sem sinais de infecção. Discussão Inicialmente aprovado pelo FDA para prevenção e tratamento de úlcera péptica em pacientes que tomavam anti-inflamatório não esteróide, o misoprostol é hoje uma importante droga na indução do parto, no abortamento e na hemorragia pós-parto. Em contraste com outras prostaglandinas, não requer refrigeração ou administração parenteral, sendo muito econômica 5, As prostaglandinas atuam no apagamento do colo uterino modificando as substâncias extracelulares e aumentando a atividade da enzima colagenase, que catalisa a hidrólise do colágeno. Causam um aumento nos níveis da elastase, sulfato de dermatan e ácido hialurônico. O relaxamento do músculo liso cervical facilita a dilatação do colo uterino. As prostaglandinas favorecem ainda o aumento de cálcio intracelular causando contração no músculo miometrial 6, Murchison e Duff 7, em estudo com 41 pacientes com diagnóstico de óbito embrionário até 8ª semana ou gravidez anembrionada, tiveram uma taxa de sucesso de quase 80% de esvaziamento uterino completo usando 800 µg via vaginal em 2 dias seguidos. O uso de misoprostol em pacientes com abortamento incompleto também foi avaliado, mostrando um aumento de chance considerável de abortamento completo evitando assim uma intervenção cirúrgica. Ngai et al.8, encontraram uma taxa de sucesso de 83% nas pacientes que fizeram uso de misoprostol 400 µg nos primeiro, terceiro e quinto dias. Em associação com o mifepristone, a eficácia do misoprostol já está definida. A Associação de Planejamento Familiar da Índia, em projeto para simplificar o abortamento, utilizou 400 µg de misoprostol oral 48 horas após 200 mg de mifepristone, em 599 mulheres. Destas, 88,4% receberam a medicação em domicílio com taxa de sucesso similar àquelas que o utilizaram em ambiente hospitalar 9, Em um ensaio clínico, com 3.005 gestantes até 63 dias de evolução que apresentavam indicação de interromper gravidez, 24 horas após o uso de 200 oral mg de mifepristone, as pacientes eram randomizadas para 400 ou 800 µg, via vaginal ou sublingual. Não houve diferença na taxa de abortamento completo, abortamento incompleto ou manutenção da gestação com as duas doses, mas as pacientes que receberam a dose via vaginal apresentaram menos efeitos colaterais 10, A mesma taxa de sucesso (91,7%) foi demonstrada para gestações entre 63 e 90 dias 11, Quando se comparou o uso de misoprostol isoladamente na dose de 800 µg vaginal com o esquema de mifepristone 200 mg seguido de misoprostol 400 µg via oral, Dalenda et al.12 encontraram a mesma eficácia para abortamento completo entre a 9ª e a 12ª semanas gestacionais; 77 e 80,8%, respectivamente. A maioria dos autores utiliza critérios clínicos e ultrassonográficos para diagnosticar útero vazio após o uso do misoprostol. O critério adotado neste ensaio clínico foi o descrito por Nielsen et al.4 que utilizaram como ponto de corte para detectar restos ovulares a medida do diâmetro anteroposterior do conteúdo uterino maior que 15 mm. Este critério foi correlacionado com a quantidade de produto retido intrauterino, avaliado após curetagem. Em nosso estudo com uma dose única de 800 µg de misoprostol vaginal, observamos esvaziamento uterino completo em 33 de 41 pacientes (80,5%), mostrando ser o misoprostol uma alternativa eficaz em substituição ao tratamento cirúrgico e à conduta expectante. Nossos resultados foram similares ao encontrados em um estudo no qual se utilizou 400 µg via oral em 12 pacientes e 800 µg via vaginal em outras 8, todas com feto morto. Houve abortamento completo em 3 das 12 pacientes que receberam o misoprostol oral e 7 das 8 que receberam misoprostol vaginal 13, Em outro ensaio clínico comparou-se o tratamento com misoprostol 800 µg, dose única endovaginal, com a curetagem uterina. Houve esvaziamento uterino completo em 33 das 41 pacientes que usaram misoprostol 14, Muffley et al.15 reportaram sérios efeitos colaterais em 25 mulheres que usaram misoprostol. Achados não confirmados na presente avaliação, pois observamos apenas leves efeitos gastrointestinais (náuseas em 7,3% e diarreia em 2,4%) e mastalgia em 2,4% das pacientes. Em cinco, verificou-se hipertermia que não persistiu no acompanhamento. O tempo decorrido da administração do misoprostol ao início das contrações foi de 5,4 h e o período do uso da medicação ao abortamento foi de 12,9 h; resultado semelhante ao outro ensaio 7, Durante o seguimento neste estudo, nenhuma paciente apresentou sangramento transvaginal severo com necessidade de curetagem uterina e todas as pacientes que tiveram abortamento completo expressaram um alto grau de satisfação com a terapêutica 7, Quanto à eficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol 800 µg (dose única, vaginal, uso domiciliar) comparadas às s aspiração uterina na interrupção de gestações de até 7 semanas, houve taxas de sucesso similares nos 94,2% 16 de abortamento completo no grupo do misoprostol e 95,5% no grupo do procedimento cirúrgico. Houve relato mais frequente de dor no grupo da aspiração cirúrgica (100% versus 53,6%). No grupo do misoprostol houve diarreia em 11,5% das pacientes e tontura em 24,6%. Maior aceitabilidade também foi relatada para este grupo 16, As revisões da Biblioteca Cochrane mostram ser o misoprostol, na dose de 800 µg, mais efetivo que outras prostaglandinas e a aplicação vaginal mais efetiva que a administração oral 5,17, Em artigo de revisão sobre o uso do misoprostol em ginecologia e obstetrícia, concluiu-se que em gestações interrompidas precocemente, o misoprostol na dose de 800 µg ou 600 µg, vaginal ou sublingual, é seguro, efetivo e aceitável alternativa à curetagem uterina. O tempo até a expulsão é mais curto com o uso da via vaginal. São pouco claros, os benefícios da adição de mifepristone. É descrito como regime atual: 800 µg vaginal ou 600 µg sublingual a cada 3 horas (no máximo 2 doses) 3,17-19, Os resultados relatados sugerem que o misoprostol 800 µg vaginal em dose única seja uma alternativa segura e eficaz em relação à curetagem uterina, para gestação interrompida entre a 7ª e a 12ª semanas de gravidez, confirmando o descrito na literatura internacional. No entanto, mais estudos tornam-se necessários com casuística maior, com comparações entre doses, posologias e vias de administração diferentes, incluindo a via bucal que se mostrou tão efetiva quanto a vaginal para abortamentos de segundo trimestre 20, Recebido 25/05/2011 Aceito com modificações 13/06/2011 Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Sobral - Sobral (CE), Brasil. Conflitos de interesse: O laboratório Hebron cedeu os comprimidos de misoprostol 200 µg.
É preciso fazer curetagem com 7 semanas?
Curetagem: quando é necessário fazer? A curetagem é eficaz em quase 100% dos casos de aborto retido. Por esta razão, se o tratamento expectante e farmacológico não derem certo e quatro semanas depois do diagnóstico o feto ainda estiver retido, é necessário internar a paciente para realizar a curetagem.
Como é feita a curetagem dói?
Curetagem: conheça as indicações para o procedimento Técnica costuma ser associada à interrupção de uma gravidez, mas saiba que ela é indicada também em outras situações A curetagem, conhecida popularmente como raspagem, é um pequeno procedimento médico recomendado para remover qualquer tipo de tecido do útero.
- Além disso, a técnica também é usada para se obter determinados diagnósticos, analisar o endométrio e mais, como explicamos a seguir.
- Indicações da curetagem
- Os médicos podem solicitar a curetagem em condições como:
- Sangramento uterino anormal;
- Sangramento após a menopausa;
- Dor menstrual intensa;
- Anormalidades nas células endometriais.
A dra. Fernanda também destaca que a lguns profissionais indicam o procedimento para patologias como espessamento e pólipos endometriais. Entretanto, segundo a médica, a curetagem tem sido substituída, nesses quadros, pela videohisteroscopia, na qual pode-se observar e tratar doenças da cavidade uterina de forma minimamente invasiva, com o auxílio de uma microcâmera.
- Veja também: Da mesma forma, novas tecnologias já são utilizadas nos casos de abortamento.
- Tem-se preferido fazer a aspiração manual intra-uterina (AMIU) em substituição à curetagem, visto ser este um meio com menos riscos operatórios», afirma a ginecologista.
- Como é realizada a curetagem uterina? Segundo a médica ginecologista, por ser um procedimento cirúrgico, a curetagem é feita sob anestesia geral.
A paciente é sedada para não se mover ou sentir dor, assim como também pode ser aplicada anestesia local na área ao redor do colo do útero. A alta geralmente ocorre no mesmo dia. Durante a sedação, um espéculo é inserido para visualizar o colo do útero e facilitar a entrada dos instrumentos com os quais a curetagem é realizada.
Atualmente, utiliza-se uma câmara para permitir uma melhor visualização do procedimento, evitando assim possíveis complicações. No caso de um abortamento, como ressalta a dra. Fernanda, «a curetagem permite que o material removido seja enviado para estudo anatomopatológico, a fim de se descartar alguma patologia associada ao abortamento, e também nos permite fazer uma análise genética do material para detectar causas cromossômicas que justifiquem a perda gestacional», esclarece.
Ainda segundo a especialista, após a técnica, o útero passa por um processo de reparo do endométrio que sofreu o processo de descamação mecânica. E depois de tudo isso, pode engravidar? De acordo com a dra. Fernada, a mulher fica apta para uma nova gestação no ciclo menstrual seguinte.
- Sangramento, que geralmente é controlado com medicamentos;
- Infecção.
Também é necessário explicar que, por se tratar de uma intervenção cirúrgica, há riscos inerentes a qualquer procedimento que envolva anestesia. Diante disso, a dra. Fernanda faz as seguintes recomendações:
- Mantenha descanso relativo e abstinência sexual por uma semana;
- Use anti-inflamatórios, se houver dor ou desconforto;
- Evite exercícios físicos intensos;
- Volte gradualmente à vida normal e à prática de exercício físico.
Se o nível de hemoglobina for inferior a 11 gr/dl, pode ser indicada a suplementação com ferro, para uma recuperação mais rápida. Os profissionais ainda recomendam se dirigir ao pronto-socorro em caso de sangramento abundante, febre, dor ou secreção fétida.
- Portanto, quando for necessária uma curetagem, não tenha medo de tirar todas as suas dúvidas com o seu ginecologista ou com o especialista que a acompanha.
- Sobre a autora: Angélica Weise é jornalista e colabora com o Portal Drauzio Varella.
- Tem interesse por assuntos relacionados à saúde mental, atividade física e saúde da mulher e criança.
: Curetagem: conheça as indicações para o procedimento
Quanto tempo de repouso após um aborto?
Home SEGUNDA OPINIÃO FORMATIVA – SOF
Saúde da Mulher Núcleo de Telessaúde Espírito Santo | 28 fevereiro 2018 | ID: sofs-37322 A abordagem mais ampla deve enfocar o Planejamento Familiar pós abortamento. É importante que a mulher esteja ciente que pode estar apta a engravidar em torno de 15 dias após o abortamento.
Recomenda-se a abstinência sexual enquanto existir sangramento e que se avalie profundamente o desejo de uma nova gestação e como se organiza a família. (1) Quanto a às diferenças entre o abortamento completo e a realização de curetagem uterina, elas devem ser analisadas pelas complicações ou não, por exemplo, pode ocorrer um sangramento importante causando anemia num abortamento espontâneo e isso gerar cuidados adicionais após o evento.
Pensando no planejamento familiar pós abortamento e nos casos de sem nenhuma complicação, não há restrições de métodos. A mulher pode optar por esterilização, injetáveis, implantes, DIU (podendo este ser inserido logo após o esvaziamento uterino), contraceptivos orais (iniciado dentro da 1 ° semana após o esvaziamento), preservativos e diafragmas.
Não se recomendam os métodos naturais antes de restabelecidos os ciclos menstruais regulares. Complementação: Mulheres que tiveram uma perda gestacional e engravidam em menos de 12 meses têm maior risco de desenvolver depressão pós-parto se comparadas com as que engravidaram após 12 meses. (2) Outro aspecto importante é que no caso de aborto, pela legislação, a mulher tem direito a 2 (duas) semanas de repouso, ficando assegurados seus salários e suas funções exercidas.
A comprovação legal do abortamento espontâneo faz-se por emissão de atestado médico que deverá ser encaminhado ao empregador. (1) O abortamento é a morte ou expulsão ovular ocorrida antes de 22 semanas ou quando o concepto pesa menos de 500g. Pode ser espontâneo ou provocado.
O abortamento é dito precoce quando ocorre até a 12ª semana e tardio quando ocorre entre a 13ª e a 22ª semanas. (2) O abortamento tem como principais fatores etiológicos: alterações cromossômicas, anomalias do ovo e da implantação, placentopatias, mecanismos imunológicos, ginecopatias (malformações uterinas, miomatose uterina, alterações endometriais devido à curetagem uterina, infecções, cicatrizes cirúrgicas, incompetência istmo-cervical), endocrinopatias (diabetes, tireoidopatias, insuficiência do corpo lúteo), anemias graves, sífilis na gestação, além de doenças cardiorrespiratórias.
(2) O diagnóstico é clínico e pode ser complementado com ultrassonografia. O atraso menstrual, a perda sanguínea uterina e a presença de cólicas no baixo ventre são dados clínicos que devem ser considerados. O exame genital é de grande importância. O exame especular permite a visualização do colo uterino, para a constatação da origem intra uterina do sangramento.
- 2) Pode-se em algumas ocasiões detectar-se fragmentos placentários no canal cervical e na vagina.
- Pode ser feito o toque pois é possível a avaliação da permeabilidade do colo.
- A ultrassonografia é definitiva para o diagnóstico de certeza entre um aborto evitável (presença de saco embrionário íntegro e/ou concepto vivo), um aborto incompleto (presença de restos ovulares) ou aborto retido (presença de concepto morto ou ausência de saco embrionário).
(2) Atributos da APS Longitudinalidade: A equipe deve garantir a continuidade do cuidado à mulher e à família ao longo do tempo que não é possível determinar. Tudo se inicia com o primeiro contato com o serviço de saúde, que neste caso vai se fortalecer no pré natal e se consolida com um novo papel como mãe.
- Quando ocorre uma interrupção da gestação este cuidado deve ser intensificado.
- Orientação familiar: A equipe deve levar em conta o contexto familiar, suas limitações e possibilidades pois desta forma pode minimizar os riscos de problemas psicológicos pela perda em si analisar o desejo de uma nova gestação antes do tempo adequado e outras condições que, que podem afetar a relação familiar.
Material complementar: Telessaude ES. Webconferência: Gravidez de Alto Risco. Palestrante: Cleverson Gomes do Carmo Júnior (Médico ginecologista, obstetra e mastologista);Scheyla Fraga (Debatedora), Apresentado em 21 out 2015. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=IzmJ6unfP2E Telessaude ES.
Qual o tempo de repouso depois de uma curetagem?
Cuidados pós curetagem – As principais complicações relacionadas em pacientes grávidas e não grávidas são infecção, hemorragia, lacerações cervicais, perfuração uterina e aderências uterinas pós-operatórias. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES), geralmente são utilizados no pós-cirúrgico para evitar controle da dor.
Quando a gravidez não evolui os sintomas desaparecem?
Apesar da morte do feto, nenhum produto da concepção é eliminado e os sinais da gestação simplesmente desaparecem.
Quanto tempo dura o processo de aborto espontâneo?
Tratamento do aborto espontâneo – Alexandre Faisal Cury destaca que a maioria dos casos de aborto espontâneo evolui sem grandes complicações, como hemorragias ou infecções, ou comprometimento da coagulação. No geral, o processo de «eliminação» do embrião dura duas semanas, podendo chegar a quatro em casos raros.
- É possível monitorar o processo por ultrassom.
- A intervenção cirúrgica é feita quando temos uma gestação um pouco mais avançada, sem sinais clínicos de evolução do abortamento, o chamado aborto retido, em que os restos placentários e ovários não foram eliminados até a terceira, quarta semana», explica o médico.
Nos casos de intervenção cirúrgica, existem a curetagem e a aspiração intrauterina. Pereira destaca que quando uma mulher grávida nota os sinais do aborto espontâneo, ela deve procurar imediatamente um obstetra, que fará o diagnóstico e definirá o tratamento mais indicado.
É possível ter um aborto sem sangrar?
O aborto retido tem sintomas? – O aborto retido pode ou não apresentar os sintomas clássicos de um aborto espontâneo. «A mulher pode ter sangramento, ter cólica, e o embrião continua dentro do útero – só que o embrião fica sem vida», explica Tedesco. Nem todo durante a gravidez é sinal de aborto, porém.
Como é feito a curetagem quando perde o bebê?
Curetagem: conheça as indicações para o procedimento Técnica costuma ser associada à interrupção de uma gravidez, mas saiba que ela é indicada também em outras situações A curetagem, conhecida popularmente como raspagem, é um pequeno procedimento médico recomendado para remover qualquer tipo de tecido do útero.
- Além disso, a técnica também é usada para se obter determinados diagnósticos, analisar o endométrio e mais, como explicamos a seguir.
- Indicações da curetagem
- Os médicos podem solicitar a curetagem em condições como:
- Sangramento uterino anormal;
- Sangramento após a menopausa;
- Dor menstrual intensa;
- Anormalidades nas células endometriais.
A dra. Fernanda também destaca que a lguns profissionais indicam o procedimento para patologias como espessamento e pólipos endometriais. Entretanto, segundo a médica, a curetagem tem sido substituída, nesses quadros, pela videohisteroscopia, na qual pode-se observar e tratar doenças da cavidade uterina de forma minimamente invasiva, com o auxílio de uma microcâmera.
- Veja também: Da mesma forma, novas tecnologias já são utilizadas nos casos de abortamento.
- Tem-se preferido fazer a aspiração manual intra-uterina (AMIU) em substituição à curetagem, visto ser este um meio com menos riscos operatórios», afirma a ginecologista.
- Como é realizada a curetagem uterina? Segundo a médica ginecologista, por ser um procedimento cirúrgico, a curetagem é feita sob anestesia geral.
A paciente é sedada para não se mover ou sentir dor, assim como também pode ser aplicada anestesia local na área ao redor do colo do útero. A alta geralmente ocorre no mesmo dia. Durante a sedação, um espéculo é inserido para visualizar o colo do útero e facilitar a entrada dos instrumentos com os quais a curetagem é realizada.
Atualmente, utiliza-se uma câmara para permitir uma melhor visualização do procedimento, evitando assim possíveis complicações. No caso de um abortamento, como ressalta a dra. Fernanda, «a curetagem permite que o material removido seja enviado para estudo anatomopatológico, a fim de se descartar alguma patologia associada ao abortamento, e também nos permite fazer uma análise genética do material para detectar causas cromossômicas que justifiquem a perda gestacional», esclarece.
Ainda segundo a especialista, após a técnica, o útero passa por um processo de reparo do endométrio que sofreu o processo de descamação mecânica. E depois de tudo isso, pode engravidar? De acordo com a dra. Fernada, a mulher fica apta para uma nova gestação no ciclo menstrual seguinte.
- Sangramento, que geralmente é controlado com medicamentos;
- Infecção.
Também é necessário explicar que, por se tratar de uma intervenção cirúrgica, há riscos inerentes a qualquer procedimento que envolva anestesia. Diante disso, a dra. Fernanda faz as seguintes recomendações:
- Mantenha descanso relativo e abstinência sexual por uma semana;
- Use anti-inflamatórios, se houver dor ou desconforto;
- Evite exercícios físicos intensos;
- Volte gradualmente à vida normal e à prática de exercício físico.
Se o nível de hemoglobina for inferior a 11 gr/dl, pode ser indicada a suplementação com ferro, para uma recuperação mais rápida. Os profissionais ainda recomendam se dirigir ao pronto-socorro em caso de sangramento abundante, febre, dor ou secreção fétida.
Portanto, quando for necessária uma curetagem, não tenha medo de tirar todas as suas dúvidas com o seu ginecologista ou com o especialista que a acompanha. Sobre a autora: Angélica Weise é jornalista e colabora com o Portal Drauzio Varella. Tem interesse por assuntos relacionados à saúde mental, atividade física e saúde da mulher e criança.
: Curetagem: conheça as indicações para o procedimento
Pode ficar com feto morto dentro da barriga?
Se um feto morrer no final da gravidez ou próximo do período final, mas permanecer no útero por semanas, é possível que a mulher apresente um distúrbio da coagulação que pode causar hemorragia grave (um quadro clínico denominado coagulação intravascular disseminada. O aumento da coagulação leia mais ).
Quando é necessário enterrar o feto?
Quando a gestação for inferior a 20 semanas, o feto tiver peso menor que 500 gramas e estatura menor que 25 centíme- tros, a legislação prevê a emissão facultativa da D.O. para os ca- sos em que a família queira realizar o sepultamento do produto da concepção.
Pode acontecer de perder o bebê e não ter sangramento?
Aborto retido – O aborto retido manifesta sinais de regressão da gestação, não há sangramento vaginal e o colo uterino permanece fechado. O exame de ultrassonografia, entretanto, não detecta sinais vitais ou aponta apenas a presença do saco gestacional, sem embrião. Nesse caso, a expulsão também é induzida por medicamentos e a abordagem empregada para o esvaziamento é a aspiração.
Quando não é necessário fazer curetagem?
O que é melhor: aguardar a expulsão espontânea ou fazer uma curetagem uterina? – Nesses casos, embora muitas pacientes tenham o desejo de resolver imediatamente a situação fazendo procedimentos de esvaziamento uterino, o melhor seria aguardar a descida espontânea da menstruação.