O que é melhor nimesulida ou ibuprofeno?
O que é melhor, nimesulida ou ibuprofeno? – Ambos os medicamentos são AINEs e têm alta eficácia para aliviar dores e febres. Um estudo, publicado na revista científica Current Therapeutic Research, avaliou em 86 pacientes o desempenho dos remédios no tratamento de dor após extração cirúrgica de um dente.
Quanto tempo demora para curar uma inflamação na garganta?
Quanto tempo dura a garganta inflamada? – Em relação a quanto tempo dura a garganta inflamada, é importante destacar que esse período pode variar de acordo com a causa do sintoma e se ela está sendo tratada corretamente. Para infecções de garganta, como amigdalite e laringite, o período inflamatório pode levar de três a sete dias para passar.
O que prejudica a garganta inflamada?
Evite usar o ar condicionado – O frio é um grande inimigo para garganta inflamada, por isso, é necessário evitar o uso do ar condicionado. Isso porque, ele pode piorar a inflamação, desenvolvendo complicações. Porém, caso você não consiga resistir ao ar condicionado, principalmente durante o verão, evite ligá-lo em temperaturas muito baixas.
Qual é o anti-inflamatório mais indicado?
Anti-inflamatórios impedem ou amenizam o transporte de células do sistema imunológico para a região lesionada, minimizando os sintomas da inflamação. A inflamação é uma resposta do sistema imunológico a uma infecção ou lesão dos tecidos. Por esse processo, o fluxo sanguíneo para a região atingida aumenta, transportando células do sistema imunológico para combater o agente agressor.
Os anti-inflamatórios são medicamentos que impedem ou amenizam essa reação e minimizam sintomas comuns da inflamação, como calor, rubor e dor. Veja também: Entenda neste infográfico as diferenças entre anti-inflamatórios e analgésicos Esses medicamentos também apresentam ação antipirética (redução da febre ), e como a inflamação pode causar dor, eles acabam apresentando ação analgésica (diminuição da dor).
São divididos em dois grupos:
Esteroides, também chamados de corticosteroides, que inibem a ação da enzima fosfolipase A2, o que resulta em redução da expressão de prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório; Não-esteroides, que inibem a enzima ciclo-oxigenase relacionadas à formação de prostaglandina e tromboxanos, substiancias com papel essencial no processo inflamatório e da dor.
Os anti-inflamatórios esteroides costumam ser indicados para doenças como asma e doenças inflamatórias autoimunes como o lúpus, Como também têm ação imunossupressora, também são usados em alguns casos de rinite e conjuntivite alérgica, mas devem ser usados por períodos curtos e a retirada da medicação deve ser gradual, segundo orientação médica.
Entre os medicamentos mais conhecidos desse tipo estão a cortisona e a prednisona. Os anti-inflamatórios não-esteroides em geral são mais usados para tratar problemas mais simples, como artrite reumatoide, artrose, gota, bursite, cólicas menstruais, traumas e contusões. Entre os princípios ativos mais conhecidos estão o ácido acetilsalicílico, a dipirona sódica e o ibuprofeno.
O uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode causar efeitos colaterais graves, como toxicidade para as células do fígado e dos rins, gastrite e úlcera, entre outros. Eles dó devem ser utilizados sob prescrição e com acompanhamento médico.
Qual anti-inflamatório tem efeito mais rápido?
Paracetamol – Segundo o NHS, o paracetamol reduz a dor ao afetar os químicos nas chamadas prostaglandinas, substâncias liberadas pelo corpo em resposta a doenças ou lesões. O paracetamol bloqueia a produção de prostaglandinas, fazendo o corpo menos ciente da dor ou da lesão.
- É indicado para aliviar dores moderadas e leves, como dores de cabeça, torções e dente.
- O analgésico também reduz a temperatura do corpo.
- A não ser que o médico assim oriente, nunca tome mais do que quatro doses em 24 horas e sempre siga as orientações da bula.
- E, se as dores persistirem por mais de três dias, consulte seu médico.
Por conta dos efeitos colaterais, nunca é indicado que o paciente aumente ele próprio sua dosagem caso a dor seja severa. – A droga age diretamente nos nervos e receptores do cérebro para aliviar a dor, e por isso costuma ser mais eficaz contra dores de cabeça. Crédito, Thinkstock Legenda da foto, Estudo têm recomendado cuidado a grávidas na ingestão de analgésicos – Segundo artigo publicado na rede médica AskDrSears.com, seria necessário tomar ao menos sete vezes a dose normal de paracetamol para que a droga se tornasse danosa ao paciente.
É seguro tomá-la com outros antibióticos ou medicamentos de resfriado. – Pode ser ministrado a bebês, para tratar febres ou dores, desde que eles tenham mais de dois meses de idade. – Enquanto o ibuprofeno age em 30 minutos, o paracetamol não tem efeito antes de 45 a 60 minutos desde a ingestão da primeira dose.
E a dor e a febre são reduzidas por quatro horas, em vez de seis. – O paracetamol não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias que o ibuprofeno, portanto é menos eficaz para reduzir a dor associada à inflamação e à lesão corporal. – Ainda que não ataque o estômago, seu consumo excessivo pode ser prejudicial para o fígado e o rim.
Qual o anti-inflamatório mais seguro?
Ibuprofeno aumenta em 31% o risco de parada cardíaca Responsáveis recomendaram deixar de receitar o diclofenaco, um dos anti-inflamatórios mais usados 2017 07 04 Iboprofeno São Paulo, 04 de julho de 2017 Em muitos países é possível comprar remédios como o ibuprofeno sem receita. As pessoas tomam esses medicamentos para todo tipo de dores sem maiores restrições. No entanto, as autoridades médicas e de saúde há tempo advertem que não são inócuos.
- Um estudo publicado esta semana na revista European Heart Journal concluiu que o ibuprofeno aumenta em 31% o risco de parada cardíaca.
- A mesma pesquisa indicou que outros fármacos do mesmo tipo, anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) apresentam um risco ainda maior.
- Segundo os autores do trabalho, encabeçado pelo Hospital Universitário Gentofte, de Copenhague, o naproxeno é o AINE mais seguro, e seria possível tomar até 500 miligramas por dia.
O diclofenaco é o mais perigoso e, dizem os pesquisadores, seu consumo deveria ser evitado, já que há outros fármacos com efeitos similares mais seguros. «Permitir que esses remédios sejam comprados sem receita e sem nenhum conselho ou restrição envia uma mensagem ao público de que não há dúvidas quanto a sua segurança», afirma Gunnar Gislason, coautor do estudo, em uma nota da Sociedade Europeia de Cardiologia.
«Pesquisas anteriores mostraram que os AINE estão relacionados a um maior risco cardiovascular, algo que preocupa porque seu uso está muito disseminado», acrescenta. Os responsáveis pelo estudo recomendaram deixar de receitar o diclofenaco, um dos anti-inflamatórios mais usados Para realizar este trabalho, os cientistas avaliaram todas as paradas cardíacas registradas na Dinamarca entre 2001 e 2010.
Além disso, coletaram toda informação sobre prescrições desses medicamentos desde 1995. No tempo estudado, 28.947 tiveram parada cardíaca fora do hospital no país. Deles, 3.376 tinham tomado AINEs 30 dias antes de dar entrada. O ibuprofeno e o diclofenaco foram os dois medicamentos mais utilizados, cobrindo respectivamente 51% e 22% do uso total.
Em relação ao incremento do risco de parada cardíaca, o ibuprofeno foi responsável por 31% e o diclofenaco, 50%. Entre as explicações possíveis, os autores afirmam que os efeitos podem se dever à agregação de plaquetas que provoca coágulos, faz com que as artérias se estreitem, aumenta a retenção de líquidos e aumenta a pressão sanguínea.
«Não acredito que esses remédios devam ser vendidos em supermercados ou postos de gasolina, onde não há orientação profissional sobre como usá-los. Os AINE só deveriam estar disponíveis em farmácias, em quantidades limitadas e doses baixas», propõe Gislason.
Na Espanha, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) emitiu uma recomendação para limitar o consumo de ibuprofeno. Não se recomenda ingerir mais de 2.400 miligramas ao dia para pacientes com doença cardiovascular grave: insuficiência cardíaca, cardiopatia isquêmica, doença arterial periférica ou cerebrovascular.
A recomendação chegou depois da revisão europeia (do Comitê para Avaliação de Riscos de Farmacovigilância) elaborada em relação ao risco cardiovascular deste medicamento assim como do dexibuprofeno, sobre o qual também se devem tomar precauções. Assessoria de Comunicação CRF-SP (Fonte: El País) : Ibuprofeno aumenta em 31% o risco de parada cardíaca
Por que a garganta dói mais à noite?
Quando vai dormir, à noite, é mais difícil para o seu corpo limpar as suas vias respiratórias de forma natural, o que faz com que o muco aumente e fique retido na sua garganta.
Quando tomar antibiótico para dor de garganta?
Toda dor de garganta deve ser tratada com antibiótico? – A principal causa de dor de garganta são os vírus, justamente um micro-organismo que não deve ser tratado com antibióticos. Esses remédios, conforme o otorrinolaringologista, são indicados quando o médico, após atendimento e exame físico, constata a presença de uma infecção bacteriana.
- Logo, só é necessário se a origem da dor for uma bactéria, mas na maioria dos casos a dor de garganta é causada por vírus.
- Portanto, os antibióticos não ajudarão a melhorar o quadro e não são recomendados, podendo, inclusive, piorá-lo, já que tomá-los sem necessidade pode selecionar bactérias resistentes a esses medicamentos.
Veja também:
O que acontece se não tratar infecção garganta?
Recursos do assunto As infecções de garganta e/ou das amígdalas são comuns, particularmente em crianças.
Em geral, as infecções de garganta são causadas por um vírus, mas podem ser causadas por uma bactéria, como a bactéria estreptocócica. Os sintomas incluem dor intensa com inflamação e amígdalas vermelhas e inchadas. O diagnóstico é baseado em um exame da garganta. Se não for tratada, a amigdalofaringite causada por bactérias pode se transformar num abscesso. A dor é aliviada por analgésicos e uma infecção estreptocócica é tratada com antibióticos. Por vezes, é necessário extrair cirurgicamente as amígdalas.
As pessoas que têm suas amígdalas removidas ainda podem ter infecções de garganta. Pessoas com infecções de garganta sentem dor intensa ao engolir e, geralmente, ao falar. Por vezes, também se sente dor nos ouvidos. Algumas pessoas apresentam febre, cefaleia e náuseas.
As amígdalas ficam vermelhas e inchadas e, por vezes, têm manchas brancas. Os linfonodos do pescoço podem ficar inchados e sensíveis. Nas pessoas que têm infecções frequentes das amígdalas, os pequenos orifícios normais das amígdalas, por vezes, ficam cheios de secreções esbranquiçadas e endurecidas que parecem pequenas pedras.
Estas pedras podem reter bactérias causadoras de odor, provocando mau hálito crônico e podem predispor as pessoas a subsequentes acessos de amigdalite.
Avaliação médica Algumas vezes exames para verificar se há faringite estreptocócica
Os médicos reconhecem uma infecção de garganta através do exame visual da garganta. Entretanto, uma vez que as infecções virais e bacterianas geralmente produzem a mesma aparência na garganta, é difícil para os médicos saber se a causa é viral ou bacteriana somente olhando a garganta. No entanto, pessoas com nariz escorrendo e tosse provavelmente têm uma infecção viral.
Analgésicos Para faringite estreptocócica, antibióticos Algumas vezes, remoção cirúrgica das amígdalas
Analgésicos por via oral, como paracetamol, ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), frequentemente ajudam a reduzir a dor em pessoas com infecção de garganta. Gargarejos de água morna e sal são frequentemente recomendados, mas não parecem ajudar.
- Alguns médicos também dão uma dose simples de um corticosteroide, dexametasona, especialmente se os sintomas forem graves; a dexametasona pode abreviar a duração dos sintomas.
- Também pode ajudar a diminuir o bloqueio das vias aéreas causado pela mononucleose.
- Pessoas com infecção estreptocócica recebem antibióticos, normalmente penicilina ou amoxicilina.
As pessoas alérgicas à penicilina devem tomar clindamicina. As pessoas que têm infecções estreptocócicas recorrentes nas amígdalas podem precisar removê-las (amigdalectomia), de acordo com as orientações sugeridas. Normalmente, são as crianças que precisam de amigdalectomia, inclusive as que tenham tido mais de seis infecções em um ano, mais de quatro infecções por ano em dois anos ou mais de três infecções por ano em três anos.
Os médicos consideram a amigdalectomia se a criança tiver uma infecção aguda que seja grave e persistente apesar de ser tratada com antibióticos, se a criança tiver obstrução significativa (incluindo distúrbio obstrutivo do sono) ou um abscesso periamigdaliano recorrente ou se suspeitarem de câncer.
Para adultos, os médicos não usam esses critérios específicos para quando realizar a amigdalectomia. No entanto, os médicos podem fazer amigdalectomia em adultos que tenham halitose grave devido às pedras nas amígdalas. Tanto para crianças como para adultos, os médicos permitem diferenças individuais quando decidem se devem ou não recomendar uma amigdalectomia.
Há numerosas técnicas eficazes para amigdalectomia. Os médicos podem usar um bisturi ou um equipamento de eletrocautério, ou podem destruir as amígdalas usando ondas de rádio. Menos de 2% das pessoas, adultos mais do que crianças, têm complicações de sangramento resultantes de uma amigdalectomia. O sangramento geralmente ocorre dentro das 24 horas após a cirurgia, ou depois de cerca de 7 dias.
As pessoas que têm sangramento depois de uma amigdalectomia devem ir a um hospital. Às vezes se realiza uma amigdalectomia parcial em pacientes com amigdalite que causa alguma obstrução na garganta. Parte da amígdala aumentada pode ser removida por raspagem usando tesouras especiais, ou usando outros dispositivos como laser, radiofrequência ou eletrocauterização. Direitos autorais © 2023 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
Que Fruta é bom para dor de garganta?
5. Purês – Para quem prefere alimentos mais encorpados, mas sem fugir das comidas mais macias e «amigáveis» para a garganta inflamada ou sintomas de gripe, purês são ótimas alternativas, tanto na versão salgada quanto na doce. Para o prato principal, purê de batata, mandioquinha, cenoura e abóbora são boas pedidas. Para a sobremesa, frutas como a maçã, pera e banana são as principais indicadas.
Pode tomar paracetamol para garganta inflamada?
Paracetamol serve para dor de garganta? – O paracetamol é bom para a dor de garganta, sendo um dos componentes farmacológicos mais indicados para o alívio de qualquer tipo de dor. A preferência por ele acontece por ter um consumo amplamente seguro para a maioria das pessoas e apresentar baixo risco de efeitos adversos.
O que é melhor para dor de garganta azitromicina ou amoxicilina?
Comparação entre a azitromicina e a amoxicilina no tratamento da exacerbação infecciosa da doença pulmonar obstrutiva crônica Artigos Originais • • OBJETIVO: Comparar a eficácia, segurança e tolerabilidade da azitromicina e da amoxicilina no tratamento de pacientes com quadro clínico de exacerbação infecciosa da doença pulmonar obstrutiva crônica.
MÉTODOS: Seis centros brasileiros incluíram 109 pacientes com idades entre 33 e 82 anos. Desses pacientes, 102 foram randomizados para receber azitromicina (500 mg por dia por três dias, n = 49) ou amoxicilina (500 mg a cada oito horas por dez dias, n = 53). Os pacientes foram avaliados no início do estudo, após dez dias e depois de um mês.
A avaliação clínica, de acordo com os sinais e sintomas presentes após dez dias e após um mês, consistiu na classificação dos casos nas categorias cura, melhora ou falha terapêutica. A avaliação microbiológica foi feita pela cultura de amostras de escarro consideradas adequadas após contagem de leucócitos e coloração de Gram.
Avaliações secundárias de eficácia foram feitas com relação aos sintomas (tosse, dispnéia e expectoração) e à função pulmonar. RESULTADOS: Não houve diferenças entre as proporções de casos classificados como cura ou melhora entre os grupos tratados com a azitromicina ou a amoxicilina. Essas proporções foram, respectivamente, de 85% vs.78% (p = 0,368) após dez dias, e de 83% vs.78% (p = 0,571) após um mês.
Você nunca viu essa infecção de garganta!
Também não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos quando comparadas as variáveis secundárias de eficácia e a incidência de eventos adversos. CONCLUSÃO: A azitromicina tem eficácia e tolerabilidade semelhantes às da amoxicilina para o tratamento da exacerbação aguda da Doença pulmonar obstrutiva crônica.
Amoxicilina; Azitromicina; Bronquite crônica; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Estudo comparativo OBJECTIVE: To compare the efficacy, safety, and tolerability of azithromycin and amoxicillin in the treatment of patients with infectious exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease. METHODS: This study was conducted at six medical centers across Brazil and included 109 patients from 33 to 82 years of age.
Of those, 102 were randomized to receive either azithromycin (500 mg/day for three days, n = 49) or amoxicillin (500 mg every eight hours for ten days, n = 53). The patients were evaluated at the study outset, on day ten, and at one month. Based on the clinical evaluation of the signs and symptoms present on day ten and at one month, the outcomes were classified as cure, improvement, or treatment failure.
- The microbiological evaluation was made through the culture of sputum samples that were considered appropriate samples only after leukocyte counts and Gram staining.
- Secondary efficacy evaluations were made in order to analyze symptoms (cough, dyspnea, and expectoration) and pulmonary function.
- RESULTS: There were no differences between the groups treated with azithromycin or amoxicillin in terms of the percentages of cases in which the outcomes were classified as cure or improvement: 85% vs.78% (p = 0.368) on day ten; and 83% vs.78% (p = 0.571) at one month.
Similarly, there were no significant differences between the two groups in the secondary efficacy variables or the incidence of adverse effects. CONCLUSION: Azithromycin and amoxicillin present similar efficacy and tolerability in the treatment of acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease.
- ARTIGO ORIGINAL
- Comparação entre a azitromicina e a amoxicilina no tratamento da exacerbação infecciosa da doença pulmonar obstrutiva crônica
- Mara Rúbia Andre-Alves I ; José Roberto Jardim II ; Rodney Frare e Silva III ; Elie Fiss IV ; Denison Noronha Freire V ; Paulo José Zimermann Teixeira VI
- I Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – Porto Alegre (RS) Brasil
- II Professor Associado de Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP – São Paulo (SP) Brasil
- III Professor Adjunto de Pneumologia do Departmento de Clínica Médica da Universidade Federal do Paraná – UFPR – Curitiba (PR) Brasil
- IV Professor Titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC – FMABC – Santo André (SP) Brasil
- V Professor Adjunto de Pneumologia do Departmento de Clínica Médica do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina – UEL – Londrina (PR) Brasil
- VI Pneumologista do Pavilhão Pereira Filho da Santa Casa de Porto Alegre – Porto Alegre (RS) Brasil
- RESUMO
- OBJETIVO: Comparar a eficácia, segurança e tolerabilidade da azitromicina e da amoxicilina no tratamento de pacientes com quadro clínico de exacerbação infecciosa da doença pulmonar obstrutiva crônica.
MÉTODOS: Seis centros brasileiros incluíram 109 pacientes com idades entre 33 e 82 anos. Desses pacientes, 102 foram randomizados para receber azitromicina (500 mg por dia por três dias, n = 49) ou amoxicilina (500 mg a cada oito horas por dez dias, n = 53).
- Os pacientes foram avaliados no início do estudo, após dez dias e depois de um mês.
- A avaliação clínica, de acordo com os sinais e sintomas presentes após dez dias e após um mês, consistiu na classificação dos casos nas categorias cura, melhora ou falha terapêutica.
- A avaliação microbiológica foi feita pela cultura de amostras de escarro consideradas adequadas após contagem de leucócitos e coloração de Gram.
Avaliações secundárias de eficácia foram feitas com relação aos sintomas (tosse, dispnéia e expectoração) e à função pulmonar. RESULTADOS: Não houve diferenças entre as proporções de casos classificados como cura ou melhora entre os grupos tratados com a azitromicina ou a amoxicilina.
- CONCLUSÃO: A azitromicina tem eficácia e tolerabilidade semelhantes às da amoxicilina para o tratamento da exacerbação aguda da Doença pulmonar obstrutiva crônica.
- Descritores: Amoxicilina/uso terapeutico; Azitromicina/uso terapêutico; Bronquite crônica/quimioterapia; Doença pulmonar obstrutiva crônica/qumioterapia; Estudo comparativo.
- Introdução
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição causada por limitação progressiva ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. (1) A grande maioria dos casos ocorre em pacientes que foram ou são fumantes, sendo a DPOC caracterizada por um declínio acelerado do volume expiratório forçado no primeiro segundo.
- 2) A DPOC apresenta um espectro de alterações patológicas e manifestações clínicas.
- Dentro desse espectro, define-se a bronquite crônica como a presença de tosse produtiva por pelo menos três meses, em dois anos consecutivos.
- 3) A bronquite crônica caracteriza-se por obstrução de vias aéreas de pequeno calibre e produção aumentada de muco.
Muitos pacientes com bronquite crônica também apresentam graus variados de enfisema, caracterizado pela destruição de espaços aéreos e perda da elasticidade pulmonar. (3) Assim, é por vezes difícil discernir a contribuição desses dois processos patológicos, bronquite crônica e enfisema, para as manifestações clínicas num paciente individualmente.
- Embora ainda não seja bem conhecida a epidemiologia da DPOC no Brasil, um estudo de base populacional conduzido na área metropolitana da Cidade de São Paulo demonstrou que cerca de 15,8% dos indivíduos com mais de 40 anos de idade preenchem critérios para DPOC.
- 5) Além disso, a DPOC foi a quarta maior causa de internação hospitalar no Brasil em 2002.
(6) Pacientes com DPOC apresentam episódios freqüentes de exacerbação infecciosa. Durante esses episódios, ocorre piora rápida da função pulmonar, piora da obstrução das vias aéreas e produção ainda maior de muco. Estima-se que os pacientes com DPOC tenham, em média, até três episódios anuais de exacerbação infecciosa.
(4) Embora a exacerbação tenha causa multifatorial a infecção é a principal, sendo responsável por 50 a 80% dos casos. (4,6,7) Entre essas infecções, as mais freqüentes são as bacterianas, sendo os patógenos mais comumente encontrados Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e Streptococcus pneumoniae,
(6) Em comparação com placebo, o tratamento com antibióticos é considerado eficaz, encurtando o período de duração da exacerbação infecciosa. (8,9) Assim, pacientes com exacerbação infecciosa da DPOC freqüentemente necessitam de tratamento com antibióticos de amplo espectro, que sejam ativos por via oral e que possam ser administrados de forma racional com segurança e expectativa de eficácia na maior parte dos casos.
Diversas classes de antibióticos atualmente disponíveis se prestam a essa finalidade. O presente estudo teve por objetivo comparar a eficácia, segurança e tolerabilidade de dois antibióticos orais, a azitromicina e a amoxicilina, no tratamento ambulatorial de pacientes com exacerbação infecciosa da DPOC.
Métodos Os pacientes candidatos ao estudo tinham idade entre 30 e 70 anos e diagnóstico clínico de exacerbação infecciosa da DPOC. O diagnóstico foi feito diante da presença de dois dos seguintes critérios: tosse aumentada, expectoração aumentada ou piora da dispnéia.
- Os pacientes deveriam estar em tratamento ambulatorial e apresentar radiografia simples de tórax, realizada nas 48 h precedentes à inclusão no estudo, que excluísse a presença de pneumonia.
- Pacientes do sexo feminino não poderiam estar amamentando, grávidas ou planejando engravidar durante o estudo ou até um mês após seu término.
Além disso, mulheres em idade fértil deveriam praticar método contraceptivo eficaz. Foram definidos como critérios de exclusão: a hipersensibilidade conhecida à azitromicina ou à amoxicilina; o tratamento com antibióticos sistêmicos num período de catorze dias antes da inclusão no estudo; a previsão de uso de antibiótico para outra condição clínica ou de uso de alopurinol, probenecida, digoxina, varfarina ou ergotamina durante o estudo; história conhecida de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, bronquite aguda ou bronquiectasia, suspeita de abscesso pulmonar ou empiema, ou a história ou suspeita de tuberculose ativa, fibrose cística ou câncer primário ou metastático para o pulmão; a presença de qualquer condição clínica ou psicológica que, a critério do investigador, devesse impedir o paciente de participar do estudo; o histórico de abuso de álcool ou drogas; o tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo doses de corticosteróides superiores ao equivalente a 10 mg/dia de prednisona; a presença de qualquer uma das alterações laboratoriais contagem de leucócitos inferior a 2.500/mm 3, contagem de neutrófilos inferior a 1.000/mm 3 ou elevação de transaminases acima de duas vezes o limite superior do normal, ou de fosfatase alcalina ou bilirrubinas acima de 1,5 vezes o limite superior do normal; a doação de sangue durante ou por até um mês após a conclusão do estudo; e a participação em estudos clínicos, inclusive neste, no período de um mês antes da inclusão no presente estudo.
- Todos os pacientes incluídos no estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
- O protocolo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa de cada um dos seis centros participantes do estudo, que foi conduzido segundo os princípios éticos da Declaração de Helsinque, as normas de Boas Práticas de Pesquisa Clínica e as resoluções federais referentes à pesquisa clínica no Brasil.
Os pacientes candidatos ao estudo foram avaliados numa consulta inicial, durante a qual foram interrogados a cerca da história clínica e submetidos ao exame físico completos, e na qual foram solicitados exames laboratoriais, radiografia simples de tórax, espirometria e exame microbiológico de escarro purulento expectorado recentemente.
- A avaliação do escarro foi feita por coloração de Gram e cultura de amostras consideradas adequadas, definidas como aquelas em que havia mais que 25 leucócitos e menos de dez células epiteliais escamosas por campo observado através de lente ótica de pequeno aumento (100 x).
- 10) Os pacientes foram então aleatoriamente designados para tratamento com azitromicina, 500 mg por via oral por dia, por três dias consecutivos, ou amoxicilina, 500 mg por via oral a cada oito horas, por dez dias consecutivos.
Depois de dez dias, os pacientes compareceram à segunda consulta e foram reavaliados por meio de história, exame de sinais vitais, espirometria e exame microbiológico de escarro. A terceira e última consulta foi realizada cerca de um mês após o início do tratamento e incluiu os mesmos procedimentos da segunda consulta.
- Todo medicamento usado durante o estudo deveria ser informado pelos pacientes, e as quantidades de azitromicina e amoxicilina utilizadas pelos pacientes foram contabilizadas para avaliar a adesão ao tratamento.
- Para efeito das avaliações de eficácia e segurança, foram consideradas duas amostras de pacientes.
A avaliação de segurança foi feita na amostra de pacientes com intenção de tratamento (ITT, do inglês intention to treat ), formada por todos os pacientes que tomaram pelo menos uma dose de um dos medicamentos do estudo. A amostra de pacientes avaliáveis por protocolo (amostra PP) foi constituída pelos pacientes que tomaram quantidade adequada dos medicamentos, definida como entre 80 e 100% do total de comprimidos que haviam sido prescritos, e que não violaram o protocolo por quaisquer motivos.
- A resposta clínica dos pacientes foi classificada, na segunda e na terceira consulta, como cura, melhora ou falha.
- A cura foi definida como a resolução dos sinais e sintomas de exacerbação aguda, com volta dos mesmos ao padrão habitual de cada paciente.
- A melhora foi definida pelo desaparecimento da febre, quando presente, e da resolução incompleta dos outros sinais ou sintomas, sem a necessidade adicional de outros antibióticos.
A falha foi definida como a ausência de resolução dos sinais ou sintomas ou a necessidade de uso adicional de antibióticos. A avaliação primária da eficácia terapêutica foi dada pela proporção de pacientes que apresentou cura ou melhora. Os parâmetros secundários de eficácia foram as avaliações de sinais e sintomas e os resultados das análises microbiológicas.
Foram registrados todos os eventos adversos relatados pelos pacientes ou observados pelos investigadores ao longo do estudo. Também foi analisada a incidência de eventos adversos sérios, definidos como quaisquer ocorrências que resultassem em morte, hospitalização ou prolongamento de hospitalização, incapacidade persistente, ou significativa, ou eventos que colocassem a vida do paciente em risco.
Foram avaliados os casos de interrupção do tratamento devida à sua ineficácia ou a eventos adversos a ele relacionados. As variáveis demográficas e características basais dos pacientes foram comparadas por meio do cálculo de medidas descritivas e teste de análise de variância (ANOVA), no caso de variáveis quantitativas, e pelos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher, conforme o caso, para as variáveis qualitativas.
- As diferenças entre as proporções de pacientes com cura ou melhora em cada grupo foram comparadas por testes de proporção e seus respectivos intervalos de confiança de 95%.
- Na avaliação microbiológica, foi aplicada a mesma técnica estatística.
- Os resultados dos testes de função pulmonar foram analisados pela técnica de ANOVA para medidas repetidas.
As análises estatísticas foram feitas com auxílio do sistema SAS ( Statistical Analysis System, Cary, North Carolina). Todos os testes de hipóteses foram bicaudais, e o nível de significância considerado foi de 5%. Resultados Dos 109 pacientes incluídos no estudo, 102 tomaram pelo menos uma dose de um dos antibióticos e constituíram a amostra com intenção de tratamento.
Destes 102 pacientes, 19 tiveram seu tratamento interrompido pelos seguintes motivos: eventos adversos (n = 11), falta de eficácia terapêutica (n = 4), retirada de consentimento informado (n = 2), e violação de protocolo (n = 2). Assim, 83 pacientes completaram o estudo, tendo 41 deles sido tratados com azitromicina, e 42 com amoxicilina.
A mediana da idade dos 102 participantes do estudo foi de 60 anos (intervalo de 33 a 82), e 59 pacientes eram do sexo masculino (58%). Estas e outras características demográficas e clínicas são mostradas na, Não houve diferenças significativas entre essas características, quando foram comparados os pacientes randomizados para os dois grupos.
Após dez dias de tratamento, 97 pacientes eram avaliáveis quanto à resposta clínica. Dos 5 pacientes na amostra com intenção de tratamento que não foram avaliáveis, 2 haviam sido tratados com azitromicina, e 3 com amoxicilina. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quando foram comparadas as proporções de pacientes com cura ou melhora.
Conforme mostra a, essas proporções foram de 85% no grupo tratado com azitromicina, e de 78% no grupo tratado com amoxicilina (p = 0,368). Um mês após o término do tratamento, foi possível avaliar a resposta clínica em 96 casos. Dos 6 pacientes não avaliáveis, 3 haviam recebido azitromicina, e 3 haviam recebido amoxicilina.
Mais uma vez, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quando foram comparadas as proporções de pacientes com cura ou melhora. Estas proporções foram de 83% e 78% nos grupos tratados com azitromicina e amoxicilina, respectivamente (p = 0,571). Resultados semelhantes foram encontrados quando a análise de eficácia foi realizada na população de pacientes avaliáveis por protocolo (dados não mostrados).
A resposta microbiológica pôde ser avaliada após dez dias em 97 pacientes, e após um mês em 86 pacientes. Os patógenos mais freqüentemente isolados em culturas, independentemente da fase do tratamento, foram bactérias dos gêneros Moraxella catharralis, Streptococcus alfa hemolítico, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae ().
- Não houve diferenças entre os dois grupos, quando foram comparadas as diversas categorias de respostas microbiológicas (dados não mostrados).
- Da mesma forma, também não houve diferenças quando foram avaliados os sintomas tosse, expectoração e dispnéia () ou a função pulmonar dos pacientes nos dois grupos depois de dez dias ou depois de um mês após o início do tratamento ().
No grupo tratado com azitromicina, 96% dos pacientes tomaram as três doses do medicamento prescrito. No grupo tratado com amoxicilina, 92% dos pacientes tomaram pelo menos 90% dos comprimidos prescritos. Trinta e três pacientes tratados com azitromicina tiveram pelo menos um evento adverso, e 27 pacientes tratados com amoxicilina tiveram pelo menos um evento adverso.
Os principais eventos adversos atribuídos ao tratamento foram de natureza gastrintestinal (náusea, dor epigástrica e diarréia). Esses eventos ocorreram em 5 pacientes tratados com azitromicina e em 9 tratados com amoxicilina. Cinco pacientes tratados com azitromicina e 2 tratados com amoxicilina apresentaram eventos adversos considerados sérios segundo o protocolo.
Esses eventos foram piora do quadro respiratório e do broncoespasmo em 4 pacientes, 1 caso de crise convulsiva e 1 de fratura vertebral. Nenhum desses eventos foi considerado como secundário ao uso dos antibióticos do estudo. Discussão O presente estudo demonstrou que a azitromicina e a amoxicilina produzem resultados comparáveis, em termos de eficácia e tolerabilidade, em pacientes com exacerbação infecciosa da DPOC.
- A taxa de resposta clínica, definida como a proporção de pacientes que atingiu cura ou melhora dos sinais e sintomas do quadro de exacerbação infecciosa, foi semelhante nos dois grupos e comparável aos resultados obtidos em outros estudos com delineamento semelhante.
- Da mesma forma, não houve diferenças significativas em outros parâmetros de eficácia ou na toxicidade atribuída ao tratamento.
Diversos fatores devem ser considerados na escolha de um antibiótico para tratar pacientes com exacerbação infecciosa da DPOC. (11) Entre esses fatores, destacam-se o espectro de ação, a taxa esperada de resistência bacteriana, a conveniência posológica e a penetração adequada em secreções respiratórias.
- Diversos antibióticos usados no tratamento da exacerbação infecciosa da DPOC reúnem várias destas características.
- A azitromicina é um antibiótico macrolídeo com amplo espectro de ação, incluindo os patógenos mais comumente encontrados em infecções respiratórias comunitárias.
- 12) Num estudo internacional, em que foram comparadas taxas de resistência in vitro de patógenos respiratórios a diversos antibióticos, os resultados de amostras oriundas do Brasil revelaram que S.
pneumoniae e H. influenzae apresentam, respectivamente, 95% e 100% de sensibilidade à azitromicina. (13) A administração da azitromicina por três dias garante níveis adequados do antibiótico por até dez dias. Esta propriedade farmacocinética torna a azitromicina um antibiótico com posologia bastante satisfatória.
- Além disso, a azitromicina apresenta excelente penetração em secreções respiratórias.
- 14) Outros estudos randomizados compararam a azitromicina e a amoxicilina no tratamento de pacientes com exacerbação aguda de bronquite crônica.
- Em alguns estudos a amoxicilina foi administrada em associação com o ácido clavulânico, um inibidor de algumas das beta-lactamases produzidas por patógenos respiratórios.
Uma metanálise de catorze estudos randomizados que compararam azitromicina e amoxicilina mostrou que a azitromicina apresenta eficácia comparável à da amoxicilina, esta última com ou sem o ácido clavulânico, mas com menor incidência de eventos adversos.
- 15) Quando comparada a antibióticos de outras classes, a eficácia da azitromicina foi considerada equivalente à da moxifloxacina, (16) da levofloxacina (17) e da pivampicilina.
- 18) Em comparação com outros macrolídeos, a azitromicina também foi considerada equivalente à roxitromicina, (19) à claritromicina (20) e à diritromicina.
(21, 22) Diante da eficácia comparável entre os diversos antibióticos empregados no tratamento da exacerbação aguda da bronquite crônica, é de interesse avaliar qual das drogas empregadas estaria associada a um perfil farmacoeconômico mais satisfatório.
Num estudo latino-americano, estimou-se que os antibióticos respondem por apenas 19,7% do custo direto do tratamento da exacerbação infecciosa. (23) Apesar deste percentual relativamente baixo, em comparação com o custo global do tratamento, é possível que existam antibióticos com relações de custo-efetividade mais favoráveis.
Em outras palavras, é possível que uma eventual diferença de custos entre diferentes antibióticos seja minimizada, ou mesmo invertida, quando são levados em conta outros custos associados ao tratamento, como sua eficácia e sua toxicidade. Nesse sentido, existem poucos estudos com resultados aplicáveis em grande escala.
(24) Num estudo retrospectivo, o uso de antibióticos de terceira geração (azitromicina, ciprofloxacina e amoxicilina/ácido clavulânico) esteve associado a menores taxas de falha terapêutica e internação, maior intervalo entre episódios de exacerbação e tendência a menor custo global do tratamento, em comparação com drogas de primeira geração (amoxicilina, sulfametoxazol/trimetoprima, eritromicina e tetraciclina).
(25) Os resultados do presente estudo confirmam a eficácia e a tolerabilidade da azitromicina para o tratamento ambulatorial de episódios de exacerbação infecciosa da DPOC. Nessa situação, pode-se esperar que o tratamento com azitromicina promova cura ou melhora clínica na grande maioria dos pacientes, com perfil de toxicidade e custo aceitáveis.
- 1 Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Associação Médica Brasileira. Conselho Federal de Medicina. Projeto Diretrizes. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, 30 de julho de 2001, São Paulo., Disponível em: http://www.amb.org.br/projeto_diretrizes/100_diretrizes/Doencapu.pdf
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- Publicação nesta coleção 01 Jun 2007
- Data do Fascículo Fev 2007
- Aceito 12 Abr 2006
- Recebido 28 Jun 2005
: Comparação entre a azitromicina e a amoxicilina no tratamento da exacerbação infecciosa da doença pulmonar obstrutiva crônica
Quando tomar antibiótico para dor de garganta?
Toda dor de garganta deve ser tratada com antibiótico? – A principal causa de dor de garganta são os vírus, justamente um micro-organismo que não deve ser tratado com antibióticos. Esses remédios, conforme o otorrinolaringologista, são indicados quando o médico, após atendimento e exame físico, constata a presença de uma infecção bacteriana.
Logo, só é necessário se a origem da dor for uma bactéria, mas na maioria dos casos a dor de garganta é causada por vírus. Portanto, os antibióticos não ajudarão a melhorar o quadro e não são recomendados, podendo, inclusive, piorá-lo, já que tomá-los sem necessidade pode selecionar bactérias resistentes a esses medicamentos.
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