O que quer dizer por quem os sinos dobram?
Boletim Outras Palavras – Receba por email, diariamente, todas as publicações do site Não há absolutamente nada de novo no título desse texto. Ele é uma cópia do título da música de Raul Seixas que nomeia também o disco lançado em 1979, chamado Por quem os sinos dobram, A canção faz jus de ser revisitada agora como parte do desafio de construir uma outra forma de convivência e de luta em meio à crise sanitária, econômica e política que vivemos.
- É preciso unificar as forças compromissadas com a solidariedade social e seu caráter civilizatório mais amplo em defesa da vida humana.
- Para isso, compreensão e enfrentamento se fazem necessários.
- Nunca se vence uma guerra lutando sozinho Você sabe que a gente precisa entrar em contato Com toda essa força contida e que vive guardada O eco de suas palavras não repercutem em nada».
( Raul Seixas) No ano de 1940, Ernest Hemingway publicou o romance For whom the bell tolls (em português, » Por quem os sinos dobram» ), sobre a guerra civil espanhola que influenciou bastante a literatura mundial. Esse livro foi considerado uma das suas melhores obras. Porém, a origem da expressão que nomeia a música e o romance é bem mais antiga. Em 1624, um reverendo e poeta inglês chamado John Donne escreveu, na cama em que esteve por dias a um passo da morte, um livro chamado Devotions upon emergent occasions, Era uma coleção de 23 pequenas «devoções», uma para cada dia de internação, sobre seu processo de adoecimento, cura e outras questões humanas.
Na Devoção XVII, John Donne traz o seguinte trecho, originalmente: » No man is na Iland, intire of it self; everyman is a peece of the Continent, a part of the maine; if a Clod be washed away by the Sea, Europe is the lesse, as well as if a Promontorie were, as well as if a Mannorofthy friends orofthineownewere; anymans death diminishes me, because I aminvolved in Mankinde; And therefore never send to know for whom the bell tolls; It tolls for thee.» Em português, tradução livre: » Nenhum homem é uma ilha, todo em si; todo homem é uma parte do continente, uma parte da terra; se um torrão de terra é levado pelo mar, a Europa é diminuída, tanto se fosse um promontório, como também se fosse uma casa de teus amigos ou a tua própria; a morte de todo homem me diminui, porque sou parte na humanidade; e então nunca pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.» Então surgiu a frase consagrada.
Do quarto de Donne, ele conseguia ouvir os sinos da igreja tocando. Isso significava que alguém que vivia ali perto havia morrido, e as pessoas se perguntavam: por quem os sinos dobram? Em outras palavras, quem faleceu? O reverendo se perguntava se as pessoas não achavam que ele próprio é quem tivesse morrido.
Onde Hemingway escreveu por quem os sinos dobram?
A relação entre Robert e Maria acabou por se tornar uma das mais inesquecíveis histórias de amor da literatura moderna e do cinema. Hemingway começou a escrever o livro em 1939, em Cuba, onde morava. Publicado em 1940, foi sucesso de crítica e público.
Para quem os sinos dobram poema?
Por quem os sinos dobram? Eles dobram por ti. O escritor norte-americano Ernest Hemingway escolheu os versos que dão título a esse texto para o que é considerado o maior de seus romances, no qual relata os horrores da guerra civil espanhola (1936 a 1939): Por Quem os Sinos Dobram ( For Whom the Bell Tolls ), publicado em 1940, é considerado pela crítica uma de suas mais belas obras. Mas, acima de tudo o livro trata da condição humana. O título é referência a um poema do pastor (sacerdote anglicano) e escritor inglês John Donne, na obra Meditações —, no qual invoca o absurdo da guerra, principalmente a guerra civil, travada entre irmãos.
- Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade».
- Em várias passagens do texto os personagens mergulham em reflexões sobre a condição de estar em guerra contra seu próprio povo, portanto, irmãos, durante a guerra.
- E fraquejam ao ver nos inimigos seres humanos que poderiam estar em qualquer um dos lados do conflito.
Ao lado deles. Em 1943, Sam Wood dirigiu o filme baseado no livro, com Gary Cooper e Ingrid Bergman, onde em um dos diálogos é proferida a frase que se tornou, não apenas conhecida, mas popular em todo o mundo: » não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti», «Nenhum homem é uma ilha, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio. A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano.
- E por isso não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti», escreveu o poeta inglês John Donne (1572 | 1631), em 1624.
- E os sinos, desde sempre tocaram, dobraram, em todas as partes do mundo, pelas causas, por nós, para nos chamar, nos alertar.
- A linguagem dos sinos, como aprendi em visitas a cidades históricas repletas de igrejas, é cheia de nuances.
Um sino pode tocar para marcar o horário de uma missa, avisar emergências, chamar para procissões, anunciar nascimentos ou falecimentos. Aliás, quando emitem um cântico fúnebre, essa linguagem cheia de mensagens cifradas leva à pergunta óbvia: por quem os sinos dobram? Ou, quem morreu? Um poema escrito há quatro séculos, ao mostrar a conexão entre tudo o que existe no mundo, resumiu: quem morreu foi você». Em tempos de isolamento social — como o atual, devido à pandemia —, nossos sentidos estão mais aguçados, sensíveis. Tudo ao nosso redor chama a nossa atenção, como o canto dos passarinhos, o ruído das folhagens, a movimentação dos animais silvestres, passando pelo barulho da chuva, dos ventos.
- Mas, quando o som não faz parte de nosso cotidiano, como o de um sino, somos «chamados» naquele exato momento pela beleza da melodia emitida pelas badaladas das horas.
- Um mistura de sentimentos toma conta da gente: «vemos» a passagem do tempo que nos faz refletir sobre a nossa condição humana, sobre o que temos feito de nossas vidas e, principalmente, como estamos enfrentando esse período doloroso.
O que posso dizer sobre tudo isso? Que tem sido uma benção ouvir o que me tem dito e despertado o sino da Capela Santo Antônio. Foi assim, num dia qualquer de janeiro que comecei a escutar o carrilhão, tão perto de mim e sem saber de onde vinha. Não passou pela minha cabeça que seria da Capela, afinal, morando por ali, nunca o ouvi antes.
Por que os sinos batem?
Além do toque para avisar acerca das horas, o sino toca para anunciar quando uma missa vai começar e também há badaladas diferentes para anunciar algum acontecimento importante para a Igreja Católica. Mas não é somente na torre da Igreja que encontramos o barulho do sino.
Quais são os sinos?
A Polêmica do 13º Signo – Paulo Araújo Duarte. Professor de Astronomia do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina. – [email protected] Nos últimos tempos, temos visto alguma polêmica e alguns mal-entendidos no que diz respeito aos signos do zodíaco e às constelações que o mesmo contém.
Na verdade, não devemos fazer confusão entre signo e constelação zodiacal. Os signos, em número de doze, correspondem cada um à divisão de 30 graus do círculo zodiacal ( 360 /12 = 30), os quais recebem o nome da constelação mais significativa daquela região do céu conforme os povos antigos que criaram tal concepção de organização estelar, e que a Astrologia adotou e ajudou a popularizar.
As constelações sempre tiveram, desde a época das civilizações mais antigas, a importante função de dar uma organização ao céu, facilitando sua leitura e ajudando na identificação dos astros. Sempre representaram uma verdadeira cartografia do céu. Acontece, contudo, que até o início deste século, a delimitação das constelações não respeitava um critério padrão, existindo cartas celestes com limites irregulares, além de arbitrários e ainda com algumas linhas curvas.
Havia também mapas e globos celestes com configurações artisticamente elaboradas, sem a precisão do rigor científico, como ainda constelações que eram identificadas por linhas arbitrárias que interligavam suas estrelas. Foi a partir de 1922, quando da criação da União Astronômica Internacional (UAI), que o conceito de constelação começou a mudar e surgiu Ofiúco (Ophiucus) como uma 13a constelação zodiacal.
Durante a assembléia geral da UAI em 1925, em Cambridge, foi criado um grupo de trabalho para estudar a questão das delimitações das constelações, surgindo daí a proposta de criação de regiões na esfera celeste, tal como um país dividido em estados. Assim, a esfera celeste foi dividida em 88 regiões, também chamadas constelações, com tamanhos variados e delimitações bem definidas e retilíneas.
Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas aquelas cortadas pela linha da eclíptica (linha que no céu, vista da Terra, representa o caminho percorrido pelo Sol durante o ano) passaram a ser consideradas zodiacais. Convém explicar que o zodíaco é um círculo ou faixa de 17 graus no céu, que abrange toda a esfera celeste e que tem no centro a linha da eclíptica.
Foi desta forma, então, que o zodíaco acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações, que são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Convém salientar novamente que para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano.
Acontece que depois de passar por Libra e Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário. Porém, esta passagem do sol por Ofiúco não é considerada pela astrologia. Do modo como foi organizado o céu pela UAI, todas as treze constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que significa dizer que a divisão do zodíaco em doze signos de trinta graus cada um é puramente arbitrária e segue apenas a tradição dos povos antigos.
Ofiúco é uma constelação um tanto extensa, sendo conhecida também por Serpentário. Na mitologia grega, este agrupamento de estrelas estava associado a Esculápio, deus da medicina. Segundo a lenda, Esculápio passou a dedicar-se à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com algumas ervas que trazia em sua boca.
Esta é, inclusive, a origem do símbolo das ciências médicas: duas serpentes enroladas num bastão. Ainda sobre esta constelação, diz-nos o saudoso professor Amaro Seixas Netto: «Em realidade, o Zodíaco atual tem treze constelações. Desde 1952, temos adotado esta Constelação Zodiacal em nossos estudos, criando assim o Zodíaco perfeito e exato sobre a Eclíptica.
Esta descoberta decorreu duma análise profunda do curso do Sol zodiacal, e deste modo propusemos a sua notação na Faixa Zodiacal bem como criamos o seu signo, publicado na Imprensa para registro. Pode observar-se que o Sol, no Zodíaco, percorre pequena parte do Escorpião e logo entra no Ofiuco, para depois ingressar em Sagitário.» SEIXAS NETTO, A.
- O zodíaco.
- São Paulo : Editora do Escritor,,p.60.
- Para alguns astrólogos, a polêmica a respeito da existência de um 13° signo não faz sentido, haja vista que não são as constelações lá no céu que influenciam os seres aqui na Terra e sim energias cósmicas que tomam como referência os signos tradicionais.
Há também opiniões que procuram justificar que tanto a cobra (Ofiúco) como o escorpião são animais que trocam de pele, indicando uma personalidade sujeita a grandes flutuações, e que, neste caso, Ofiúco vem a ter o mesmo significado astrológico de Escorpião.
Como funciona Os sinos?
O sino (do Latim signum – sinal) é um dispositivo de produção de som, tendo como função básica a percussão, além da função religiosa e a sinalização. Basicamente, seu formato é o de um cone oco que ressoa ao ser golpeado por um badalo, ou martelo, incluído dentro do sino, ou em malho separado.
Qual a obra mais famosa de Hemingway?
Ernest Hemingway (1899-1961) foi um escritor norte-americano. ‘Por Quem os Sinos Dobram’ e ‘O Velho e o Mar’, são os seus livros de maior destaque. Recebeu o Prêmio Pulitzer com o livro ‘O Velho e o Mar’ em 1953, e o Nobel de Literatura em 1954.
Como foi a morte do escritor Hemingway?
Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.
Qual era o primeiro nome do escritor Hemingway?
Ernest Hemingway nasceu em 21 de julho de 1899 e foi um dos mais importantes escritores em língua inglesa no século XX.
Quando os Sinos Dobram filme?
Filme Michael Powell e Emeric Pressburger sobre a odisseia de 5 freiras nos Himalaias que tentam transformar um antigo palcio hindu num convento A irm Clodagh, da congregao religiosa das Servas de Maria de Calcut, parte cabea de um pequeno grupo de freiras para o palcio de Mopu no corao dos Himalaias.
O palcio foi doado por um general hindu congregao, para a ser instalado um dispensrio e uma escola. Em tempos, abrigou o harm do pai do general e um ingls a residente, Dean, que no concorda com a instalao de um convento naquele local e est certo que as freiras no ficaro muito tempo em Mopu. «Quando os Sinos Dobram» uma das mais notveis criaes da dupla Powell-Pressburger, que em 1947 adaptou ao cinema um estranho e fascinante romance de Rumer Godden.
A odisseia de cinco freiras no corao dos Himalaias ao tentarem transformar um antigo palcio hindu, que abrigou um harm, num convento com um dispensrio e uma escola. Acabam por se deixar perturbar pela atmosfera circundante e viver momentos de grande tenso emocional que terminam com uma trgica morte.
Uma obra de uma fascinante dimenso visual, a que no alheio o trabalho de mestre Jack Cardiff na direco de fotografia, onde Powell e Pressburger demonstram o seu raro talento para captar a dimenso fantstica do real ao longo desta histria de envolvente e subtil carga ertica, onde um punhado de religiosas entra em conflito com o seu universo espiritual e acaba por se deixar seduzir pela forte atmosfera de sensualidade de um espao fantstico.
Destaque para a presena num elenco de grandes atrizes, como Deborah Kerr, Flora Robson ou Jean Simmons, e do inconfundvel Sabu.
O que significa o sino na Bíblia?
Nas cerimônias litúrgicas é utilizado um objeto chamado sineta. Como o nome propõe, trata-se de um pequeno sino. Sua função é chamar a atenção da comunidade para o momento mais importante da celebração litúrgica, a consagração do Pão e do Vinho, que para os cristãos se tornam o Corpo e Sangue de Cristo.
Qual é o significado do símbolo do sino?
Sino de Natal: qual o significado? – O sino é um dos símbolos natalinos mais tradicionais. Para os cristãos, ele representa o nascimento de Jesus. As badaladas sempre anunciam algum acontecimento importante. Cada enfeite de natal possui um significado especial. Fonte: Pexels Além disso, acredita-se que o som do instrumento pode trazer boa sorte. O item sempre foi usado como guia para o povo e funciona como um relógio durante as festas cristãs, sendo no fim de ano que ele chega ao seu máximo de esplendor, usado como sino de Natal.
Invista na decoração natalina com sinos para sinalizar o começo de um ano novo cheio de felicidade. Fonte: Unsplash
O que significa toque dos sinos?
Imagem: Iphan O Toque dos Sinos em Minas Gerais é uma forma de expressão sonora produzida pela percussão dos sinos das igrejas católicas, para anunciar rituais religiosos e celebrações. IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Nome Atribuído: Toque dos Sinos em Minas Gerais Localização: Estado de Minas Gerais Abrangência: Estadual Livro de Registro de Formas de Expressão: Inscr.
nº 18, de 12/03/2009 Descrição: O Toque dos Sinos em Minas Gerais é uma forma de expressão sonora produzida pela percussão dos sinos das igrejas católicas, para anunciar rituais religiosos e celebrações, como festas de santos e padroeiros, Semana Santa, Natal, casamentos, batizados, atos fúnebres e marcação das horas, entre outras comunicações de interesse coletivo.
Esta prática, reiterada cotidianamente, especialmente em São João del-Rei, tem sido sustentada por irmandades religiosas leigas, que se constituíram junto a essas cidades durante o ciclo do ouro, e que se responsabilizam, desde então, pelos ofícios litúrgicos oferecidos à população, dentre estes, o de tocar os sinos.
Onde as irmandades deixaram de existir, o toque dos sinos ainda se mantém como atividade afetiva, lúdica e devocional de sineiros voluntários, pois, em geral, não há envolvimento da Igreja com o toque dos sinos. Em contrapartida, naquelas cidades onde a presença desses sodalícios foi maior, o enraizamento da prática sineira é mais forte.
Particularmente em São João del-Rei e em Ouro Preto, ainda se conservam diversos toques que existiam em antigas vilas e cidades da América portuguesa, atestando a continuidade histórica de suas expressões na memória coletiva das comunidades identificadas, que ainda hoje são capazes de decodificar a linguagem dos sinos e de entender seus significados.
Como chama o som dos sinos?
Onomatopeia de campainha: din-don ou ding-dong. Onomatopeia de badalar dos sinos: blém-blém.
Qual é a origem do sino?
O Sino da Comunicação – LOBA.cx Para além de ainda ser usado nos dias de hoje em vários sítios como as Igrejas, o sino é muito usado diariamente no mundo digital. A história tem milhares de anos, mas o propósito do seu uso é o mesmo nos dias de hoje. Está exposto na Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis um sino que, apesar de pequeno, tem uma enorme importância histórica.
- Ao longo dos milénios, o sino foi tendo várias formas, funções e aplicações, no entanto o objetivo sempre foi o mesmo: alertar e comunicar, através do som emitido.
- Inventado na China há cerca de 4.600 anos atrás para marcar as horas e avisar os trabalhadores no fim do turno de trabalho, o sino foi-se propagando pelo mundo ao longo dos tempos, tendo vários tipos de usos, como por exemplo instrumentos musicais, sinalização das horas nas torres das igrejas e hoje em dia é também um sinal de alerta e notificação no mundo digital.
O sino de mesa – apresentado na imagem – foi um objeto muito utilizado até há bem pouco tempo, maioritariamente usado pela respeitável classe média-alta, que tinha vários criados, governantas e mordomos. Este pequeno objeto, inventado no século XVIII, facilitava a comunicação por toda a casa ajudando na organização das tarefas domésticas.
- Por esta razão, o sino de mesa rapidamente se difundiu pelo mundo.
- No presente, o sino de mesa caiu em desuso, no entanto modernizou-se e pode ser facilmente encontrado nos pequenos ecrãs que nos acompanham diariamente,
- Seja num tablet, num telemóvel ou computador, conseguimos encontrar este símbolo em quase todos os sites e redes sociais por onde navegamos, sendo a sua função a mesma: chamar, notificar, alertar! Tal como o nobre senhor à mesa abanava o sino para chamar e alertar os criados que necessitava de algo, o Facebook, por exemplo, também tem um sino no topo da página do telemóvel para nos alertar de algo, lembrar de algum evento ou chamar a nossa atenção de algum comentário ou gosto na página do nosso perfil.
São atualmente vários os sons emitidos por estes novos sinos digitais, para além dos números que habitualmente os acompanham, indicando a quantidade de notificações. Com o evoluir dos tempos, as formas e aplicações dos sinos foram variando, mas a sua importância e utilidade manteve-se a mesma: alertar e comunicar! Conheça e experiencie outros símbolos antigos valiosos nos dias de hoje visitando Museus. : O Sino da Comunicação – LOBA.cx
Onde os sinos falam?
LINGUAGEM DOS SINOS EM SÃO JOÃO DEL-REI São João del-Rei é conhecida como a terra onde os sinos falam, pois carrega uma cultura secular de sineiros que encantam a cidade em dia festivos. Existe até uma linguagem dos sinos com padrões e toques especiais para cada celebração.
Com mais de 300 anos de história, São João del-Rei preserva a tradição das badaladas em igrejas e prédios públicos. A linguagem dos sinos passou de geração para geração e foi registrada, em 2009, como um Patrimônio Nacional. Para alcançar esse importante posto, uma pesquisa documental e científica foi feita para comprovar que os sinos representam história e memória do município de nosso país.
Toques, repiques, e improvisos marcam a rotina dos moradores. Essa cultura de se comunicar por meio dos toques musicais foi trazida ao Brasil pelos portugueses, principalmente para registrar celebrações da igreja católica. Que tal vivenciar essa experiência única? Venha para São João del-Rei e se hospede conosco! Foto: @cesar_ciclofototurismo
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: LINGUAGEM DOS SINOS EM SÃO JOÃO DEL-REI
Como o sino da igreja bate?
A batida do sino não é feita internamente. O pêndulo bate no sino por meio de um mecanismo ligado ao relógio da Igreja.
Porque o sino da igreja toca às 18 horas?
Por quem os sinos dobram no direito? Portal Jurídico Magis A história do sino remonta a períodos muito anteriores ao nascimento de Cristo e teria sido inventado na China como meio de comunicação, marcar horas e avisar os trabalhadores sobre o fim do turno de trabalho.
A palavra sino vem do latim signum, que significa sinal. No catolicismo, os sinos começaram a ser usados no ano 400, em mosteiros da região da Campânia, no sul da Itália, daí surgiram as expressões campana como sinônimo de sino e campainha. Com o passar do tempo, eles começaram a adornar as torres das igrejas e com isso, cresceram em tamanho e potência para alcançassem lugares mais distantes.
Os sinos na igreja tinham a função de marcar as horas, avisar sobre o começo de uma missa ou anunciar acontecimentos importantes. Na Igreja Católica, os sinos devem ser abençoados em um ritual denominado de benção dos sinos. Percebe-se que os sinos e a igreja, não só a católica mas quase todas, possuem uma importância muito grande nos rituais.
No último dia 14 de novembro de 2021, o Padre Diego de Carvalho da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no município de Guarapari, no Espírito Santo, surpreendeu os fiéis, ao informar que está sendo processado por um morador vizinho que sente incomodado com o barulho do Sino. Segundo o Padre, o sino toca às 6:00, 9:00, 12:00, 15:00 e 18:00 que seriam horas canônicas da igreja e é parte integrante dos rituais.
Outros casos também ocorreram em outras cidades do país. Mas o que isso tudo tem a ver com o direito civil? O Código Civil no capítulo V, do livro III, que trata do direito das coisas, especificamente sobre direito de vizinhança, no art.1.277 dispõe que «O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.» No caso em discussão, trata-se de violação ao sossego, já que o sino produz um barulho que incomoda os vizinhos ou especificamente este vizinho.
O sossego é bem jurídico inestimável, componente dos direitos da personalidade, intrinsecamente conectado ao direito à privacidade. Segundo Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias, «o direito ao sossego não pode ser conceituado como a completa ausência de ruídos, mas a possibilidade de afastar ruídos excessivos que comprometam a incolumidade da pessoa.» O limite entre uso normal e o uso anormal da propriedade não pode ser teorizado, pois a intensidade do dano causado só pode ser aferida no caso concreto.
A doutrina aponta 3 possíveis critérios de aferição dos problemas relacionados ao direito de vizinhança, o que se verifica no parágrafo único do art.1.277, isto é, «proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.
» O primeiro critério, seria o critério do homem médio. O limite do tolerável estaria na média das pessoas, já que não se pode admitir desavenças pessoais ou sensibilidade extrema de uma das partes, mas é claro que não dá para se estabelecer uma resposta a priori, O segundo critério é o critério da zona de conflito, ou seja, onde o imóvel está localizado, regiões centrais e industriais tendem a ser mais barulhentas e não é possível eliminar completamente a perturbação.
E o último critério, é o critério da pré-ocupação no qual aqueles que se estabeleceram primeiro tendem a determinar o padrão social da região. Além desses critérios, o Código Civil ainda dispõe no art.1278 que «O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal» e também, ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.
Percebe-se que o art.1277, complementado pelos artigos seguintes deixam uma margem de interpretação muito ampla, pois em situações que envolvem direitos de vizinhança quase nunca é possível se estabelecer soluções apriorísticas. É importante ressaltar que os sinos não cumprem mais a função para a qual foram criados.
A cidades cresceram, se multiplicaram e a diversidade também aumentou, desse modo, é natural que os problemas apareçam já que os centros urbanos hoje são cada vez mais habitados por uma pluralidade de pessoas. A grande concentração de pessoas em um mesmo espaço é geradora de conflitos constantes.
De outro lado, a tradição do sino da igreja é um importante elemento da religião e da cultura, sendo parte integrante de praticamente todos os municípios brasileiros. Diante desse conflito de interesses o judiciário pode tentar várias alternativas para a solução do conflito, Já que não há interesse em se restringir a liberdade de culto ou crença.
Pode-se por exemplo tentar reduzir o número de vezes que o instrumento toca por dia, ou até mesmo o tempo das badaladas. Pode-se evitar que os sinos sejam acionados aos finais de semana e feriados em horários muito cedo ou tarde. Também é possível a redução da intensidade do som, como ocorreu em Brasília, no Distrito Federal.
O importante é entender que em casos de direito de vizinhança as soluções devem ser construídas no caso concreto, com a participação das partes envolvidas. Existe o direito protegido constitucionalmente da liberdade de culto e seus instrumentos, mas também existe o direito ao sossego. A solução adequada será aquela que conseguir preservar, na medida do possível os direitos fundamentais de ambos.
Sabe-se que a religião é um aspecto importante da vida das pessoas, assim como o sossego, mas não temos como negar que a função dos sinos hoje, principalmente em cidades maiores é meramente ritualística, já que os meios de comunicação evoluíram e o sino, como um meio de comunicação já não cumpre a função de outrora.
O que tem dentro do sino?
Sinos: Física e música fundidas em bronze Artigos Gerais • • Os sinos são instrumentos de percussão, da família dos idiófonos. São dispositivos de produção de som apenas aparentemente simples. O seu corpo é constituído de uma liga metálica chamada bronze, que é uma combinação de cobre e estanho em proporções que podem sofrer ligeiras variações.
- No interior do sino encontra-se o badalo – um pêndulo que, quando oscila, atinge o corpo fazendo com que o sino soe.
- A fundição de um sino é bastante complexa e envolve um grande número de procedimentos, desde a construção dos moldes até a metalurgia e afinação.
- O sino moderno sofreu apenas algumas mudanças na sua forma em comparação aos primeiros sinos fundidos do Século IX.
Do ponto de vista da acústica existem dificuldades para a sua modelagem, tanto devido aos métodos matemáticos envolvidos quanto à obtenção de resultados experimentais, já que o tamanho exagerado impede o seu translado para um laboratório. Neste artigo trataremos brevemente da origem, história, e utilização do sino, bem como dos principais processos de fundição empregados na sua fabricação e da descrição física de como o sino produz som.
- Sino; campanologia; acústica; frequências naturais de vibração; física e música Bells are percussion instruments from the idiophones family, being devices to produce sound which are simple only in appearance.
- The bells bodies are made of an alloy called bronze, which is a combination of copper and tin in a variable ratio.
Inside the bell there is the clapper, a pendulum that hits the bell from inside in order to start the sound. Bell foundry is quite complex and involves a large number of procedures which range from the construction of the molds until the metallurgy and its tuning.
- The modern bell suffered only minor changes in its shape when compared to the first casted bells from the 9 th century.
- Complex mathematical methods are needed to create acoustical models for vibrating bells and, due to their exaggerated size, it is difficult to transport them to a laboratory in order to perform experimental analysis.
This article presents a brief discussion on the origin, history and uses of the bell, as well as the main steps in the casting process and the physical description of the vibrating bell. bell; campanology; acoustics; natural frequencies of vibration; physics and music Os idiófonos são definidos como instrumentos musicais em que o próprio corpo do instrumento vibra para que ocorra a produção de som.
A vibração pode ser iniciada tanto pela percussão de um elemento externo ao instrumento como por uma parte do próprio instrumento C. Sachs e E.M. von Hornbostel, Galpin Soc.J.14, 3 (1961)., 2 A.L. Schmid, G.G.B. Romanelli, I.M. Fomin, J. Bergmann Filho, L.H.M. Mombach, R.M. Pereira, T.C. Freitas e T. Madalozzo, Museu dos Instrumentos Musicais (MIMU) (Editora UFPR, Curitiba, 2014).].
No primeiro caso tem-se como exemplo o xilofone, no qual uma baqueta atinge a barra de madeira e inicia a vibração e a consequente produção de som. Um sino representa, na maioria das vezes, um exemplo do segundo caso. O badalo – pêndulo preso no interior do sino – colide com suas paredes internas, iniciando assim a produção de som.
Outra forma de fazê-lo soar é atingi-lo externamente com uma espécie de martelo acionado por um mecanismo. Como a produção de som no sino depende de uma batida em seu corpo, ele é um idiófono percutido ou, mais simplesmente, um instrumento de percussão. O uso de instrumentos musicais pelo homem, segundo as atuais evidências, remonta ao período paleolítico médio.
Concebe-se como primeiras manifestações musicais humanas as vocalizações, palmas e batidas de pé, juntamente com instrumentos de percussão construídos a partir de recursos naturais sem grandes alterações, como materiais vegetais e/ou animais facilmente degradáveis, como cabaças, peles e troncos I.
- Morley, The Evolutionary Origins and Archaeology of Music Tese de Doutorado, Cambridge University, 2003.].
- Apesar da pequena chance de preservação desse material arqueológico, é correto afirmar que os instrumentos idiófonos percutidos estão entre os mais antigos criados/utilizados pelo homem.
- A origem dos sinos é bastante antiga, provavelmente junto com o surgimento da metalurgia, quando pedaços de metal golpeados produziram sons pela primeira vez.
Os primeiros sinos foram feitos a partir de placas metálicas dobradas de modo a formar um tronco de cone de base retangular – forma muito similar à dos sinos de animais ainda utilizados em algumas partes do mundo S.N. Coleman, Bells Their History, Legends, Making, and Uses (Rand McNally, Chicago, 1928).
, 5 S.N. Coleman, The Book of Bells (John Day, Nova Iorque, 1938).]. O próximo passo inventivo na sua fabricação foi construí-los não mais de folhas metálicas, mas utilizando um conjunto de formas nas quais se depositaria metal fundido liquefeito. Através deste método, que envolve a fundição do metal e a utilização de formas, foi possível produzir sinos cada vez maiores, resultando em sons cada vez mais intensos.
Existem alguns poucos exemplares produzidos desta maneira que remontam ao Século XI e ainda encontram-se preservados A.D. Quadri, Arte Campanaria (Arte Tipografica, Nápoles, 2010).]. O sino fabricado através da fundição do metal sofreu algumas alterações na sua forma desde o Século XI até os dias atuais.
- No entanto, essas mudanças não alteraram o princípio de seu funcionamento e as linhas gerais do seu formato geométrico.
- Além do uso musical, existem alguns usos civis dos sinos, como a sinalização de ações ou aviso sobre situações de perigo como incêndios, invasões e etc.
- Em particular, o toque contínuo de sino com 90 a 120 badaladas por minuto foi extremamente utilizado na Alemanha e na França, ao ponto de existirem palavras específicas para designá-lo.
Em alemão esse toque chama-se Stürmlauten G. Drosdowski (ed.), Duden Deutsches Universal Wörterbuch (Bibliographisches Institut & F.A. Brockhaus AG, Mannheim, 1989). ] e em francês tocsin A. Rey (ed.), Le Robert Micro Dictionnaire de la langue française (Dictionnaires Le Robert, Paris, 1998).].
- Porém, o uso predominante dos sinos é religioso, sendo que instituições religiosas possuem, nas suas leis e normas, menções específicas sobre a montagem e utilização de sinos M.J.
- Francisco (ed.), Documentos Sobre a Música Litúrgica (Paulus, São Paulo, 2005).].
- Desta maneira, uma breve descrição do uso dos sinos com finalidade religiosa é interessante.
Curiosamente, dada a inventividade humana, tocar sinos já foi considerado uma espécie de esporte ou atividade recreativa S.N. Coleman, Bells Their History, Legends, Making, and Uses (Rand McNally, Chicago, 1928)., 5 S.N. Coleman, The Book of Bells (John Day, Nova Iorque, 1938).].
- O estudo da origem, fundição e história dos sinos dá origem a um campo do conhecimento chamado de campanologia.
- Campanólogo é o indivíduo versado em ou que se dedica à campanologia.
- Embora os sinos já tenham chegado a uma forma funcional estável há muito tempo, existem poucos estudos de caráter científico que discorrem sobre o assunto, especialmente sobre o seu funcionamento descrito a partir da física.
A primeira abordagem deste ponto de vista foi feita por Lord Rayleigh Lord Rayleigh, Phil. Mag.29, 1 (1890). ] no início da última década do Século XIX. Na mesma década, Simpson C.A.B. Simpson, Pall Mall Mag.7, 183 (1895)., 12 C.A.B. Simpson, Pall Mall Mag.10, 150 (1896).
] publicou dois trabalhos onde explicou os processos, até então empíricos, de afinação dos sinos. Existem apenas alguns artigos da primeira metade do Século XX: os de Jones A.T. Jones, Phys. Rev.31, 1092 (1928). – 17 A.T. Jones and G.W. Alderman, J. Acoust. Soc. Am.4, 331 (1933). ], o de Mayer e Klaes E. Mayer and J.J.
Klaes, Naturwissenschaften 39, 697 (1933). ], o de Tyzzer F.G. Tyzzer, J. Franklin Inst.210, 55 (1930). ], os de Arts J. Arts, J. Acoust. Soc. Am.9, 344 (1938)., 21 J. Arts, J. Acoust. Soc. Am.10, 327 (1939). ], o de Curtiss e Giannini A.N. Curtiss and G.M. Giannini, J.
Acoust. Soc. Am.5, 159 (1933). ] e outro de Stuber e Kallenbach C. Stuber and W. Kallenbach, Blätter 5, 268 (1949).]. Através dos desenvolvimentos tecnológicos da segunda metade do Século XX, assim como as facilidades que estes trouxeram para a pesquisa de maneira geral, surgiram mais artigos relacionados aos sinos.
Na Alemanha, destacam-se dois livros com capítulos que abordaram o tema, tendo como autores Fehn T. Fehn, Die Gliederung des Tonaufbaus in ihrer Bedeutung für die Klangqualität der Glocke In: Beiträge zur Glockenkunde. (Beratungsausschuß für das Deutsche Glockenwesen, Heidelberg, 1970).
], Seewann e Terhardt M. Seewann and E. Terhardt, Messungen der wahrgenommenen Tonhöhe von Glocken In: Fortschritte der Akustik(VDE-Verlag, Berlim, 1980).]. Rossing editou um livro em língua inglesa sobre o tema T.D. Rossing (ed.), Acoustics of Bells (Van Nostrand, Reinhold, 1984).]. O design e afinação foi abordado por Bagot H.
Bagot, Acoust. Aust.14, 35 (1986).]. Uma maior ênfase na análise dos modos de vibração e do funcionamento físico foi dada pelo grupo de Perrin em uma longa série de trabalhos R. Perrin, T. Charnley and J. de Pont, J. Sound Vib.90, 29 (1983). – 38 R. Perrin, T.
- Charnley, H.
- Banu and T.D.
- Rossing J.
- Sound Vib.102, 11 (1985).].
- A modelagem computacional foi inicialmente proposta por Lehr e colaboradores A. Lehr, J. Acoust. Soc.
- Am.79, 2000 (1986). – 42 A.
- Schoofs, F.
- Van Asperen, P.
- Maas and A.
- Lehr, Music Percept.4, 245 (1987).
- ] e foi tema de interesse de McLachlan e colaboradores N.
McLachlan, B.K. Nigjeh and A. Hasell, J. Acoust. Soc. Am.114, 505 (2003).]. Alguns trabalhos mais recentes são os de Fletcher e colaboradores N.H. Fletcher, W.T. McGee and A.Z. Tarnopolsky, J. Acoust. Soc. Am.111, 1437 (2002). ], Lavan e colaboradores D. Lavan, S.
Hogg and J. Wolfe, Acoust. Aust.31, 4 (2003). ], Ozakça e Gögüs M. Özakça and M.T. Gögüs, J. New Mus. Res.33, 61 (2004). ] e novamente de Rossing e Perrin T.D. Rossing and R. Perrin, App. Acoust.20, 41 (1987).]. Por fim, existe a recente tese de Hibbert W.A. Hibbert, The Quantification of Strike Pitch and Pitch Shifts in Church Bells Tese de Doutorado, The Open University, 2008.
], que trata da quantificação do tom de sinos de igreja e conta com ampla revisão do tema, além do desenvolvimento de alguns programas de computador para análise do som dos sinos. O artigo está organizado de forma que inicialmente trata-se da nomenclatura das partes, da forma geométrica e de como se inicia a produção de som.
- Na sequência, é feita uma descrição histórica dos usos musical, civil e religioso.
- Utiliza-se a teoria de combinações para mostrar que, mesmo com um número reduzido de sinos, é possível criar música.
- Discute-se brevemente o carrilhão, instrumento musical que depende de sinos para a produção de som.
- A fundição do sino é uma seção cujo objetivo é dar ao leitor as principais informações sobre os materiais e métodos que são utilizados no processo de criação de um sino.
A última seção trata da aplicação da física para entender como os sinos produzem som. São discutidos os principais modos de vibração dos sinos, suas frequências relativas, linhas nodais e simetrias. Além de uma introdução sucinta aos métodos utilizados em modelagem dos sinos e as novas propostas que daí surgiram, conclui-se o artigo com uma análise empírica da dependência da frequência do modo fundamental do sino com a sua massa e o seu tamanho.
Porque os sinos dobram eles dobram por ti?
Por quem os sinos dobram: as lições do melhor livro de Hemingway «A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti». É com essa citação, tirada de um poema de John Donne, poeta inglês do século 17, que Ernest Hemingway marcou o começo de uma de suas obras mais importantes.
A linguagem dos sinos, como aprendi em várias passagens por cidades históricas repletas de igrejas, é cheia de nunces. Um sino pode tocar para marcar o horário de uma missa. Mas também pode fazê-lo para avisar de uma emergência, como um incêndio, chamar para um dia de procissões, avisar de um nascimento ou relatar uma morte.
Nos repiques dos sinos há informações que hoje poucos conhecem. Quando os sinos começam uma canção fúnebre é possível saber se quem morreu era homem ou mulher e até a hora que será o velório. Essa linguagem, cheia de mensagens cifradas, leva a pergunta óbvia, assim que os sinos de uma igreja começam um cântico fúnebre: por quem os sinos dobram? Ou, em outras palavras, quem morreu? O poema de John Donne, ao mostrar a conexão entre tudo que existe, deixa claro que quem morreu foi você. Hemingway não poderia ter escolhido citação melhor para começar seu livro, escrito e publicado no começo da década de 1940. Na obra, que foi listada como um dos 100 melhores livros do século 20 pelo jornal Le Monde, ele conta a história de Robert Jordan, um norte-americano que vive na Espanha durante a Guerra Civil, ocorrida entre 1936 e 1939.
Ele acaba se envolvendo no conflito, do lado dos republicados, e recebe a missão de implodir uma ponte, tarefa considerada fundamental numa batalha contra os nacionalistas, que tinham o apoio do nazifascismo na Itália e na Alemanha. É bom lembrar que pouco depois começou a Segunda Guerra Mundial, conflito em que a Guerra Civil Espanhola se insere e do qual foi praticamente um prelúdio.
Toda a trama se passa ao longo de três dias, enquanto Robert Jordan, um professor que se identifica com os ideais da luta contra o fascismo, aguarda o momento para cumprir sua missão e lida com os desafios para conseguir explodir a ponte, tarefa em que ele conta com a companhia de guerrilheiros, ciganos e camponeses. Enquanto isso, o personagem testemunha a selvageria, a violência e as mortes dos dois lados do conflito, seja por seus próprios olhos ou pelos relatos das pessoas que ele conhece, como a cigana Pilar, uma espécie de líder do grupo rebelde. Há momentos de extrema violência, com destaque para a execução de soldados fascistas pelas tropas revolucionárias.
Como em outras obras de Hemingway, o personagem principal é uma espécie de alter-ego do escritor, que também participou da Guerra Civil Espanhola, além de ter servido como motorista de ambulância durante a Primeira Guerra Mundial. Uma grande parte da beleza da obra de Hemingway está na mistura de elementos reais com ficcionais, além, claro, na forma usada para narrar os acontecimentos.
Aos 61 anos e numa manhã de julho, Ernest Hemingway acordou cedo, pegou uma arma que ele usava para caçar pombos, colocou na própria boca e atirou. Aos policiais, sua esposa, Mary, que estava dormindo na hora que ouviu o disparo, disse que a morte teria sido acidental – ela acreditava que Hemingway teria dado um tiro sem querer, enquanto limpava a arma.
Só meses depois ela conseguiu aceitar que o marido tinha se suicidado. Em Por Quem os Sinos Dobram, Robert Jordan se desfaz de uma arma que tinha sido de seu avô, que lutara na Guerra Civil Americana, e com a qual seu pai havia se matado. História parecida com a do autor, que recebeu pelo correio, enviada pela mãe, a arma com que seu pai tinha se matado e que antes pertencera a seu avô, que também lutou numa guerra.
Hemingway sempre escreveu sobre a morte e sobre a vida, mas é em Por Quem os Sinos Dobram que aprendemos que cada perda, mesmo que distante, é uma pequena morte para cada um de nós.
O que significa toque dos sinos?
Imagem: Iphan O Toque dos Sinos em Minas Gerais é uma forma de expressão sonora produzida pela percussão dos sinos das igrejas católicas, para anunciar rituais religiosos e celebrações. IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Nome Atribuído: Toque dos Sinos em Minas Gerais Localização: Estado de Minas Gerais Abrangência: Estadual Livro de Registro de Formas de Expressão: Inscr.
Nº 18, de 12/03/2009 Descrição: O Toque dos Sinos em Minas Gerais é uma forma de expressão sonora produzida pela percussão dos sinos das igrejas católicas, para anunciar rituais religiosos e celebrações, como festas de santos e padroeiros, Semana Santa, Natal, casamentos, batizados, atos fúnebres e marcação das horas, entre outras comunicações de interesse coletivo.
Esta prática, reiterada cotidianamente, especialmente em São João del-Rei, tem sido sustentada por irmandades religiosas leigas, que se constituíram junto a essas cidades durante o ciclo do ouro, e que se responsabilizam, desde então, pelos ofícios litúrgicos oferecidos à população, dentre estes, o de tocar os sinos.
Onde as irmandades deixaram de existir, o toque dos sinos ainda se mantém como atividade afetiva, lúdica e devocional de sineiros voluntários, pois, em geral, não há envolvimento da Igreja com o toque dos sinos. Em contrapartida, naquelas cidades onde a presença desses sodalícios foi maior, o enraizamento da prática sineira é mais forte.
Particularmente em São João del-Rei e em Ouro Preto, ainda se conservam diversos toques que existiam em antigas vilas e cidades da América portuguesa, atestando a continuidade histórica de suas expressões na memória coletiva das comunidades identificadas, que ainda hoje são capazes de decodificar a linguagem dos sinos e de entender seus significados.
O que é dobram?
1. Pôr dobrado.2. Fazer curvar, vergar ou torcer.
Onde os sinos falam?
LINGUAGEM DOS SINOS EM SÃO JOÃO DEL-REI São João del-Rei é conhecida como a terra onde os sinos falam, pois carrega uma cultura secular de sineiros que encantam a cidade em dia festivos. Existe até uma linguagem dos sinos com padrões e toques especiais para cada celebração.
Com mais de 300 anos de história, São João del-Rei preserva a tradição das badaladas em igrejas e prédios públicos. A linguagem dos sinos passou de geração para geração e foi registrada, em 2009, como um Patrimônio Nacional. Para alcançar esse importante posto, uma pesquisa documental e científica foi feita para comprovar que os sinos representam história e memória do município de nosso país.
Toques, repiques, e improvisos marcam a rotina dos moradores. Essa cultura de se comunicar por meio dos toques musicais foi trazida ao Brasil pelos portugueses, principalmente para registrar celebrações da igreja católica. Que tal vivenciar essa experiência única? Venha para São João del-Rei e se hospede conosco! Foto: @cesar_ciclofototurismo
Faça já sua reserva! Rua José Bráulio de Santana, 29, Colônia do Marçal. São João del-Rei -MG (32) 3372-7437 (32) 9 9123-5174
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