O que é o Estado de Sítio?
Temas principais Publicado: Quinta, 27 de Julho de 2023, 14h04 | Última atualização em Quinta, 27 de Julho de 2023, 14h39 | Acessos: 2399 O Estado de Sítio e seu uso na Primeira República Thiago Mourelle – doutor em História, pesquisador do Arquivo Nacional O Estado de Direito se consolidou na História Moderna em oposição ao Estado Absolutista. Ou seja, se no Antigo Regime a vontade do rei era soberana e cabia a ele tomar as decisões sem o amparo de nenhuma norma além de seu próprio desejo e alguns costumes de época, no mundo ocidental que se constituiu após a Revolução Francesa, aos poucos, as leis no papel, em especial o surgimento das constituições, significou um passo importante na tentativa de que todos tivessem direitos iguais.
- Já o Estado de Sítio, quando decretado, configura um regime jurídico excepcional, de caráter temporário, em razão da ocorrência de algum fato que represente perigo para a ordem pública constituída.
- Ele pode ter formas mais ou menos amplas, ou seja, desde medidas meramente policiais até a suspensão de garantias constitucionais.
Em geral, para se colocar o Estado de Sítio em vigor, verifica-se a existência de duas circunstâncias: se há, de fato, perigo para a ordem pública e se não é possível resolver tal problema sem o uso de medidas excepcionais. Logo, o Sítio seria um mecanismo legal de suspensão da ordem legal.
Sua primeira utilização, segundo o filósofo italiano Giorgio Agamben, teria ocorrido em 1791, durante a Revolução Francesa. Mas como definir o que é exceção? Termos como «ordem pública», «comoção interna», «bons costumes» são subjetivos, não deixando claro como e quando podemos julgar que é, de fato, essencial que o Estado de Sítio seja decretado.
O Direito tende por buscar ideias gerais para serem objeto das leis escritas. Mas isso passa a ser um problema no caso de algo que precisa ser bem definido, de modo a diminuir ao máximo a possibilidade de suspensão indevida, pelo Estado, dos direitos individuais e coletivos.
- Esse é um problema que se refletiu em várias ocasiões em que o mecanismo do Estado de Sítio foi decretado.
- E persiste esse questionamento, em relação a diversos momentos históricos, sobre se seu uso realmente foi necessário ou se sua utilização foi apenas uma forma do governante se proteger de críticas e reagir contra opositores.
A teoria: o Estado de Sítio na Constituição de 1891 No Brasil, país de raízes autoritárias e elitistas, o Estado de Sítio foi utilizado não como um mecanismo de uso pontual, mas de forma constante e frequente, como um meio encontrado por presidentes que, diante de qualquer crise ou possibilidade de enfraquecimento de seu poder, buscaram usá-lo para agirem quase que ditatorialmente.
Assim, agrediram a democracia e governaram com «mão de ferro», perseguindo adversários, prendendo indiscriminadamente e expulsando pessoas do país. A Constituição de 1891, primeira de nossa república, dava poderes ao Congresso Nacional para a declaração do Estado de Sítio no título V, especificamente nos institutos jurídicos de exceção, salvo no caso em que deputados e senadores não estiverem reunidos ou na iminência de perigo à pátria.
Nesses dois casos, o presidente poderia tomar a iniciativa unilateralmente. Do contrário, haveria todo um trâmite em que o Sítio deveria ser aprovado pelos parlamentares. Além disso, a constituição previa que tal mecanismo fosse aplicado apenas nos casos de agressão estrangeira ou insurreição interna e sempre por um tempo previamente determinado.
- É importante ainda destacar que o Estado de Sítio previsto na lei estabelecia tão somente a prisão e deportação de indivíduos, não afetando a inviolabilidade do lar nem a liberdade de imprensa, por exemplo – o que mudaria apenas com a Constituição de 1934, já no governo de Getúlio Vargas,
- Porém, em várias ocasiões, governos manipularam tal dispositivo, em maior ou menor grau, para se livrarem de crises políticas, aumentarem o próprio poder ou obter a prerrogativa de perseguir opositores.
Na Primeira República, especialmente, o uso do Sítio se tornou uma forma de se governar, hipertrofiando o Poder Executivo e, consequentemente, enfraquecendo o Judiciário e o Legislativo. Na prática: o uso do Estado de Sítio pelos primeiros presidentes Segundo pesquisa publicada na Revista de Informação Legislativa, resultado de um levantamento feito pelo Senado Federal, o Brasil ficou 2.365 dias sob o Estado de Sítio no período de 1889 a 1930.
- Para detalhar mais: o recurso foi aplicado onze vezes durante os 41 anos da Primeira República (1891, 1892, 1893, 1897, 1904, 1910, 1914, 1917/1918, 1922/1923, 1924/1926, 1930).
- Ou seja, mais de seis anos no somatório, pouco mais de 15% do tempo dos mandatos presidenciais estiveram sob esta condição, que deveria ser utilizada somente em momentos muito ocasionais e excepcionais.
Destaque para o governo Artur Bernardes, em que a normalidade democrática esteve em vigor por menos de dois meses de uma administração que durou quatro anos. Um acinte aos direitos individuais e coletivos. A primeira vez em que o Estado de Sítio foi decretado ocorreu já pelo primeiro presidente republicano,
Como funciona o Estado de Sítio no país?
Estado de sítio Instrumento que pode ser utilizado pelo presidente da República, nos casos de: comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; e declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
O que significa estado de defesa e Estado de Sítio?
Invasão no Congresso Nacional leva a intervenção federal em Brasília. Imagem: Reuters. O Estado de Defesa, o Estado de Sítio e a Intervenção Federal representam medidas extraordinárias previstas pela Constituição Federal, buscando restabelecer ou garantir a continuidade da normalidade constitucional ameaçada.
O que é o estado de defesa?
Instrumento que o presidente da República pode utilizar, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
Quem pode pedir uma intervenção federal?
Esse tipo de intervenção é previsto para evitar situações de conflito armado, ou seja, uma guerra. Se algum país da América do Sul ameaçar invadir o território brasileiro, em vez de decretar guerra, o governo pode autorizar uma intervenção para repelir os invasores com auxílio das Forças Armadas.
É possível uma intervenção federal no Brasil?
A intervenção pode ocorrer se uma parte do País se declarar independente (o que é crime, pois, segundo a Constituição, a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel entre estados, municípios e Distrito Federal).
Para que serve uma intervenção federal?
Esse tipo de intervenção é previsto para evitar situações de conflito armado, ou seja, uma guerra. Se algum país da América do Sul ameaçar invadir o território brasileiro, em vez de decretar guerra, o governo pode autorizar uma intervenção para repelir os invasores com auxílio das Forças Armadas.
Quais as características da intervenção federal?
Intervenção federal no Brasil – No Brasil, a intervenção federal é uma ação realizada pela União Federal, em nome da Federação, nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 34 da Constituição : I – manter a integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
Para que serve o estado de guerra?
O que é a declaração de guerra? – A declaração de guerra ocorre por meio de um ato formal da autoridade máxima do país que abre a possibilidade para que sejam adotadas uma série de medidas emergenciais. A partir daí, fica oficializado que um conflito bélico generalizado está acontecendo entre duas ou mais nações.
A coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faap e pesquisadora sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) Fernanda Magnotta destaca que, embora a maioria da população use o termo de maneira vulgar, uma guerra pressupõe uma série de regras e protocolos. «Tem a ver com o que pode ou não se dizer, protocolos e movimentações de ataque e defesa.
Todas essas variáveis compõem o que seria a cartilha de declaração de guerra», explica. A partir do momento em que uma guerra é oficialmente declarada, ela passa a ser administrada por um código de conduta. Sendo assim, existem normas que devem ser cumpridas.
O que diz o artigo 136 da Constituição Federal?
136 – O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
Como funciona o Estado de exceção?
O que significa estado de exceção? – O estado de exceção é uma medida de governo emergencial em que os poderes do Executivo se sobrepõe m aos poderes do Legislativo e Judiciário. Com isso, as decisões tomadas pelo Executivo são impostas, e o Congresso e o Judiciário têm seus poderes reduzidos ou sua atuação interrompida.
Em outras palavras, o Estado de Direito é suspenso e o poder fica concentrado nas mãos do governo. Por meio do estado de exceção, um governo pode impor medidas autoritárias, como decretar a prisão de indivíduos sem ordem judicial, implementar toque de recolher, aprovar leis sem a necessidade de aprovação do Legislativo, proibir manifestações da população etc.
Em resumo, os direitos constitucionais dos cidadãos ficam limitados dentro desse cenário. Não pare agora. Tem mais depois da publicidade 😉 A utilização do estado de exceção é uma medida drástica e, na teoria, deve ocorrer apenas em momentos de grande necessidade, como calamidades causadas por guerras, graves revoltas sociais, desastres naturais de grandes proporções, entre outros.
- Sendo assim, são medidas de urgência usadas para garantir a ordem em circunstâncias emergenciais.
- Como o estado de exceção aumenta consideravelmente os poderes do Executivo, o uso desse recurso deve acontecer também em caráter temporário,
- Entende-se que governantes que usam as medidas de um estado de exceção para sustentar-se no poder por períodos indeterminados estão agindo de modo autoritário.
Leia também: O que é uma intervenção militar?
Quais são os remédios da Constituição?
Conclusão – Os remédios constitucionais são instrumentos para resguardar os direitos e interesses dos indivíduos contra os abusos do Poder Público, ou de quem lhe faça às vezes. Ao longo do texto, verificamos que as ações constitucionais são verdadeiras garantias fundamentais, diferenciando-se das demais ações em razão de seu status constitucional.
- Habeas corpus é para quando alguém sofrer violência ilícita em sua liberdade de locomoção.
- Habeas data é para assegurar o conhecimento ou retificação de informações pessoais do impetrante, constantes em banco de dados de caráter público.
- Mandado de segurança é para proteger direito comprovado documentalmente, quando o coator estiver exercendo o Poder Público.
- Ação popular é para anular ato lesivo contra a administração pública,
- Mandado de injunção é para efetivar direito fundamental pendente de norma regulamentadora.
Agradeço ao leitor pela curiosidade e espero ter sanado as inquietações jurídicas sobre o tema. Até a próxima! 😉
Quanto tempo pode durar o Estado de defesa?
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
O que diz o artigo 137 da Constituição Federal?
O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
O que quer dizer a sigla FFAA?
Notícias sobre ‘FFAA’ – Força Aérea Brasileira.
O que é intervenção e exemplos?
Intervenção é o substantivo feminino que significa o ato ou efeito de intervir e indica uma intercessão ou mediação em alguma situação adversa. No âmbito da medicina, uma intervenção é uma operação ou procedimento cirúrgico, feito com o objetivo de tratar algum problema de um paciente.
O que é uma intervenção?
Substantivo feminino Ato de intervir, de exercer influência em determinada situação na tentativa de alterar o seu resultado; interferência.
O que é uma intervenção militar no país?
Intervenção militar é uma ação realizada por forças militares, seja no interior do próprio país, seja contra outro território. No caso interno, a intervenção militar ocorre quando as Forças Armadas unem-se para intervir no próprio Estado, derrubando a autoridade instituída e tomando o controle do país (como aconteceu no Golpe de 1964).
No caso externo, a intervenção militar ocorre quando uma nação, como forma de atender aos seus próprios interesses, ordena que suas Forças Armadas invadam o território de outra nação soberana (como os Estados Unidos fizeram com o Iraque, em 2003). Em países onde vigora o Estado Democrático de Direito, algo como uma » intervenção militar» em que acontece o uso do poder das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) só pode ocorrer sob ordem dos poderes constituídos, isto é, dos conselhos formados por membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo e com a devida supervisão do Poder Judiciário,
No Brasil, as intervenções militares, segundo a Constituição Brasileira de 1988, só podem efetivar-se legalmente em três casos específicos: 1) Intervenção federal ; 2) Estado de Defesa ; 3) Estado de Sítio, Leia também: O que é Golpe de Estado?
Porque o presidente está calado?
O presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou a reclusão e o silêncio após as eleições. Há um fator médico que justifica essa decisão: ele está com uma infecção na perna, segundo relatou o vice-presidente Hamilton Mourão. Alguns aliados também dizem que o recolhimento do presidente é um processo de assimilação da derrota nas urnas.
- Mas outros, mais próximos de Bolsonaro, afirmam que ele não está abatido tampouco depressivo por causa da derrota no segundo turno – rumores que circulam nos bastidores.
- Segundo eles, o silêncio é estratégico: nos bastidores, Bolsonaro articula a contestação judicial do resultado da eleição presidencial.
Desde o fim das eleições, Bolsonaro manteve agendas políticas e partidárias de forma reservada. Reuniu-se com ministros para discutir as ações de governo, incluindo sanções e vetos de propostas aprovadas pelo Congresso, como também esteve com aliados políticos e membros da cúpula do PL, incluindo o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, para discutir o resultado eleitoral e seu futuro político.
Bolsonaro debateu nos últimos dias a possibilidade de contestar judicialmente a vitória nas urnas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo interlocutores do Planalto ouvidos pela Gazeta do Povo, após essas conversas, ele teria tomado a decisão de pedir a anulação das eleições. A estratégia seria contestar o resultado baseado na auditoria encomendada pelo próprio PL, além do relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação elaborado pelas Forças Armadas e encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que não apontou fraude, mas também não excluiu essa possibilidade,
Além dessa argumentação para contestar judicialmente o resultado das urnas, a ação judicial seria uma forma de Bolsonaro dar uma resposta às manifestações populares nos quartéis militares, O presidente, seu «núcleo duro» e aliados entendem que um pedido de anulação ao TSE é legítimo e constitucional.
Apesar disso, Bolsonaro tem conhecimento de que uma vitória é improvável no TSE ou em um possível recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse contexto, de rejeição judicial, o plano de curto e médio prazo traçado é assumir a liderança da oposição a Lula. Segundo aliados, Bolsonaro vai aceitar o convite de Costa Neto para assumir a presidência de honra do PL e vai viajar o país a fim de manter seu capital político e a militância engajada.
A meta de curto prazo é iniciar a montagem das chapas para vereadores e nomes para a disputa de prefeituras tendo em vista as eleições municipais de 2024. O objetivo de médio prazo é ampliar a capilaridade de seu partido e estruturá-lo para as eleições de 2026.
O que é a intervenção do Estado?
Na intervenção estatal direta, a participação do Estado na economia ocorre na modalidade de empresário, através de suas empresas. Aqui, o Poder Público participa diretamente da ativi- dade econômica, comprometendo-se com a atividade produtiva.
Para que serve uma intervenção federal?
Esse tipo de intervenção é previsto para evitar situações de conflito armado, ou seja, uma guerra. Se algum país da América do Sul ameaçar invadir o território brasileiro, em vez de decretar guerra, o governo pode autorizar uma intervenção para repelir os invasores com auxílio das Forças Armadas.
Como funciona o Estado de exceção?
O que significa estado de exceção? – O estado de exceção é uma medida de governo emergencial em que os poderes do Executivo se sobrepõe m aos poderes do Legislativo e Judiciário. Com isso, as decisões tomadas pelo Executivo são impostas, e o Congresso e o Judiciário têm seus poderes reduzidos ou sua atuação interrompida.
- Em outras palavras, o Estado de Direito é suspenso e o poder fica concentrado nas mãos do governo.
- Por meio do estado de exceção, um governo pode impor medidas autoritárias, como decretar a prisão de indivíduos sem ordem judicial, implementar toque de recolher, aprovar leis sem a necessidade de aprovação do Legislativo, proibir manifestações da população etc.
Em resumo, os direitos constitucionais dos cidadãos ficam limitados dentro desse cenário. Não pare agora. Tem mais depois da publicidade 😉 A utilização do estado de exceção é uma medida drástica e, na teoria, deve ocorrer apenas em momentos de grande necessidade, como calamidades causadas por guerras, graves revoltas sociais, desastres naturais de grandes proporções, entre outros.
Sendo assim, são medidas de urgência usadas para garantir a ordem em circunstâncias emergenciais. Como o estado de exceção aumenta consideravelmente os poderes do Executivo, o uso desse recurso deve acontecer também em caráter temporário, Entende-se que governantes que usam as medidas de um estado de exceção para sustentar-se no poder por períodos indeterminados estão agindo de modo autoritário.
Leia também: O que é uma intervenção militar?
Quais as características da intervenção federal?
Intervenção federal no Brasil – No Brasil, a intervenção federal é uma ação realizada pela União Federal, em nome da Federação, nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 34 da Constituição : I – manter a integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
Quais são as cláusulas pétreas?
As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de 1988 estão dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais.