Qual é a idade que a mulher entra na menopausa?
Menopausa e climatério | Biblioteca Virtual em Saúde MS A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce. O termo menopausa é, muitas vezes, utilizado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher.
A principal característica da menopausa é a parada das menstruações. Ao falar dos sintomas da menopausa, algumas pessoas podem encará-la como como um problema de saúde. Apesar de poder apresentar dificuldades, o climatério é um período importante e inevitável na vida da mulher, devendo ser encarado como um processo natural, e não como doença.
Para muitas mulheres, a chegada da menopausa provoca irregularidades menstruais, menstruações mais escassas, hemorragias, menstruações mais ou menos frequentes. Outros sinais e sintomas característicos como ondas de calor (fogachos), alterações do sono, da libido e do humor, bem como atrofia (enfraquecimento ou definhamento) dos órgãos genitais, aparecem em seguida.
- Causas da menopausa: Todos os óvulos que a mulher produzirá ao longo da vida têm sua origem em células germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no momento em que nasce uma menina.
- Essa reserva é usada desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa).
- Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram.
Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, caem irreversivelmente.
- Entre outras causas possíveis da menopausa, estão as cirurgias ginecológicas que incluem a retirada dos ovários.
- Sintomas:
- Para algumas mulheres a fase da menopausa e do climatério não apresenta sintomas, porém, a maioria delas começa a ter sintomas já no início do climatério e, com a diminuição progressiva dos hormônios femininos, os sintomas vão aumentando. Os mais comuns são:
- – ondas de calor ou fogachos: episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte superior do tronco, geralmente acompanhados de rubor facial, suores, palpitações no coração, vertigens, cansaço muscular. Quando mais intensos, podem atrapalhar as tarefas do dia a dia; – irregularidades na duração dos ciclos menstruais e na quantidade do fluxo sanguíneo; – manifestações como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e pressa para urinar, perda de urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido; – sintomas psíquicos: a redução dos níveis de hormônios femininos interfere com a liberação de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso central, fazendo com que aumentem as queixas de irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia; – alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas unhas, que ficam mais finos e quebradiços; – alterações na distribuição da gordura o corpo, fazendo com que se concentre mais na região abdominal; – perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia;
- – risco aumentado de doenças cardiovasculares: a doença coronariana é a principal causa de morte depois da menopausa.
- Tratamento:
A terapia de reposição hormonal tem a vantagem de aliviar os sintomas físicos (fogachos), psíquicos (depressão, irritabilidade) e os relacionados com os órgãos genitais (secura vaginal, incontinência urinária) no climatério. Além disso, funciona como proteção contra a osteoporose e assegura melhor qualidade de vida para a mulher.
- Estudos científicos mostraram que a isoflavona de soja tem ação semelhante ao estrogênio no controle das ondas de calor.
- Alimentação saudável, atividade física regular, não fumar e evitar o consumo de álcool e cuidados com a saúde bucal são algumas medidas simples, que incorporadas aos hábitos diários de vida, podem ser úteis para minimizar os sintomas negativos do climatério.
- Outras recomendações:
- – mesmo após a menopausa a mulher deve manter o acompanhamento ginecológico regularmente; – evitar ganhar peso;
– encontrar tempo para a prática diária de atividade física. Além de ser importante para o bem-estar físico, é fundamental para o controlar a pressão arterial, prevenir a osteoporose, doenças cardiovasculares e atenuar as alterações do humor. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
- Dica elaborada em setembro de 2020
- Fontes:
: Menopausa e climatério | Biblioteca Virtual em Saúde MS
Qual exame de sangue para saber se estou na menopausa?
FSH – O exame FSH ( Hormônio Folículo Estimulante ) é feito com a coleta de sangue da paciente. O objetivo desse teste é avaliar o funcionamento dos ovários e medir a capacidade reprodutiva da mulher. O FSH é o hormônio que controla o ciclo menstrual e estimula a produção de óvulos durante a idade fértil.
Como é a última menstruação antes da menopausa?
Menstruação irregular O principal sintoma que define a proximidade da menopausa é a irregularidade na menstruação. Pode acontecer de não descer em um mês, ficar meses sem descer ou descer duas vezes no mesmo mês.
Como é o sangramento na Pré-menopausa?
30 nov 2019 Sistematizamos as principais questões sobre Sangramento Vaginal Anormal enviadas pelos usuários do Portal durante Encontro com a Especialista Dr.ª Juraci Ghiaroni, médica ginecologista, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizado em 27/06/2019,
- O sangramento vaginal anormal é um dos temas mais importantes da especialidade de ginecologia dentro da tríade sintomática: alterações de sangramento, dor e corrimentos vaginais.
- Atualmente utiliza-se o termo: Sangramento Uterino Anormal (SUA),
- Classicamente isso era chamado de Sangramento Uterino Disfuncional ou Hemorragia Uterina Disfuncional,
Para caracterizar um sangramento anormal é necessário caracterizar o sangramento normal. A queixa de sangramento vaginal em crianças e meninas que ainda não tenham iniciado os períodos menstruais ou em mulheres que estão há mais de um ano sem menstruar (menopausa), sempre terá que ser investigada.
- Se a queixa da mulher for um sangramento irregular e ela não for atendida porque está sangrando, não será possível prestar nenhum serviço adequado à ela.
- A consulta ginecológica não é só a coleta do papanicoulau, e por isso as mulheres que chegam com esta queixa devem ser atendidas, mesmo durante o sangramento.
Toda mulher com queixa de sangramento vaginal anormal deve ser examinada. Se ela não for examinada durante a vigência do sangramento perde-se a chance de diagnosticar a fonte do sangramento. O sangramento pode vir do útero, de lesões na vulva, de traumas vaginais, de tumores no colo do útero, da uretra, da região anal.
Isso porque a mulher, com frequência, não consegue localizar bem o foco do sangramento, sendo necessário o exame do profissional. É imprescindível examinar a mulher, mesmo que ela esteja sangrando. Os parâmetros para definir aumento do sangramento é que a mulher compare o fluxo dela com ela mesma. Na literatura aceita-se um parâmetro de sangramento em torno de 80ml, o que dificulta a identificação.
Perguntas mais gerais podem ser feitas: se ela consegue esperar 3 horas para trocar o absorvente, quantos absorventes ela usa durante período menstrual (não deve ultrapassar 20), se ela precisa levantar a noite para trocar o absorvente, se elimina coágulos maiores que 1cm.
As causas do sangramento vaginal anormal são variadas. Nas CRIANÇAS é imprescindível pensar na possibilidade de violência sexual (embora esta não seja a única causa), nos tumores (embora estes sejam extremamente raros), e na precocidade sexual. Da mesma forma, a MULHER que parou de menstruar na época devida (após os 45 anos), já está há pelo menos um ano sem menstruar e recebeu diagnóstico de menopausa (pela dosagem hormonal e histórico).
Qualquer sangramento que apareça depois dessa fase precisa ser investigado. ADOLESCENTES (MENACME) No menacme (fase que a mulher é fértil) o relato de sangramento vaginal anormal é frequente e pode ter inúmeras causas. Logo após a primeira menstruação (menarca), os dois ou três primeiros anos de ciclos menstruais, tendem a ser irregulares.
O motivo para que isso ocorra, de modo geral, é que os primeiros ciclos são anovulatórios (os mecanismos de liberação de LH ainda não estão totalmente amadurecidos), por isso são irregulares (podendo chegar a 40-50 dias de intervalo) e quando o fluxo menstrual acontece ele pode ser muito abundante. Isso tende a se normalizar quando os ciclos tornam-se ovulatórios.
Algumas vezes é necessário tratamento intervencionista. Muitas vezes o sangramento anormal é limitado, não comprometendo o estado geral da adolescente. Já em alguns casos, as adolescentes podem desenvolver quadros de coagulopatia, daí a importância de se investigar através de exames laboratoriais.
- As vezes é preciso tratar a anemia, em alguns casos tratar o sangramento com progesterona ou até mesmo interromper o sangramento porque a adolescente chega na emergência com sangramento volumoso, comprometendo seu estado geral.
- É importante acompanhar os critérios para decidir quando tratar.
- Todas as mulheres que na menacme se apresentarem com a queixa de sangramento anormal, terão que ser examinadas.
FASE PRÉ MENOPAUSA Neste período a mulher começa a ter ciclos anovulatórios novamente. Diferente do início da menstruação, os ciclos anovulatórios ocorrem porque nesta fase já esgotaram-se os folículos. Também é comum ocorrer sangramento menstrual excessivo e irregular durante este período.
A grande diferença é que na fase da pré menopausa, devido à mulher não voltar a menstruar e produzir progesterona, há possibilidade de alterações de linhagem maligna no endométrio. O sangramento disfuncional, anovulatório na pré menopausa deve sempre ser investigado. O endométrio pode apresentar uma proliferação persistente, uma hiperplasia sem atipia, hiperplasia com atipia e até mesmo um câncer de endométrio.
O que vai ditar o tratamento será este diagnóstico. Os sangramentos genitais mais comuns são:
Miomas Uterinos (leiomiomas ou fibromas): tumores benignos da musculatura do útero. Os estudos apontam que pelo menos 30% das mulheres são portadoras de miomas. Na maioria das vezes eles não causam nenhuma sintomatologia, isso porque depende da localização do mioma no útero para que haja sintomas. Os miomas mais sintomáticos, do ponto de vista de sangramento, são os que crescem para dentro da cavidade uterina (miomas submucosos), que mesmo em pequeno tamanho causam sangramento uterino aumentado. Uma de suas características é que o aumento do sangramento ocorre durante o período menstrual, por isso é fundamental a realização de uma boa anamnese. As possibilidades de tratamento para os casos de miomas sintomáticos são muitas. No entanto, os miomas, só por existirem, não são obrigatoriamente passíveis de tratamento. Se forem pequenos e assintomáticos não precisam ser tratados.
Pólipos endometriais: podem causar sangramento, geralmente de pequeno volume, fora do período menstrual. Adenomiose : também causa sangramento aumentado durante o período menstrual. Caracteriza-se pela presença de focos de endometriose dentro do miométrio. O útero fica globosamente aumentado, de maneira irregular. O fluxo menstrual é aumentado, habitualmente acompanhado de cólicas (dismenorréia). Doenças malignas, Embora o câncer de endométrio seja mais comum em uma idade avançada, a mulher que apresenta sangramento irregular, que perde a referência do seu ciclo devido à continuidade do sangramento, deve-se lembrar sempre desta possibilidade (câncer de endométrio, sarcoma e doença hiperplásica – com ou sem atipia).
Sangramento vaginal por tumor
Sangramento vaginal por infecções genitais: por infecções do colo do útero que levem à cervicite aguda;
Traumas;
Causas não genitais: coagulopatias, iatrogênica, não classificadas.
Quando a mulher faz uso de qualquer medicamento hormonal ela pode sangrar irregularmente. Mesmo os dispositivos intrauterinos, pílulas, implantes hormonais etc. Perguntar isso é fundamental quando a mulher se queixa de sangramento anormal. O único hormônio que pára o sangramento é o estrogênio.
- O mais importante da consulta é fazer uma boa anamnese e caracterizar o sangramento: duração, intensidade, características e por fim, SEMPRE EXAMINAR a mulher na vigência do sangramento.
- Abaixo a gravação do Encontro na íntegra.
- O Encontro com o Especialista é uma webconferência realizada quinzenalmente com especialistas de diversas áreas.
Para participar é necessário se inscrever no evento, assim você poderá enviar dúvidas que serão respondidas ao vivo! Fique atento à agenda de Encontros com o Especialista, Inscreva-se já! Conteúdo Relacionado
Postagem – Consulta de Enfermagem às Mulheres na Atenção Básica Postagem – Exames Preventivos na Mulher: indo além do Rastreio dos Cânceres de Colo e de Mama Postagem – Principais questões sobre Rastreio do Câncer de Colo de Útero
Perguntas & Respostas 1. Posso colher uma citologia em vigência de sangramento? Depende do motivo da consulta. Mas certamente deve-se examinar a paciente. A coleta da citologia para o papanicolau tem uma sistematização diferente: não tem que fazer com a frequência que se recomendava antes.
Recomenda-se hoje que, depois de três exames negativos para malignidade, pode-se espaçar a coleta de três em três anos. A paciente que chega na consulta com queixa de sangramento, deve-se examinar e observar durante o exame ginecológico alterações no colo do útero, como ectopia friável, sangramento ao toque.
Deve-se colher citologia nestes casos, pois pode ser uma doença maligna. Em algumas situações a mulher chega com câncer de colo do útero com queixa de sangramento uterino, sangramento vaginal anormal e você não se pode perder a chance de colher o material para fazer o diagnóstico.
- Em muitos casos é possível e indicado colher citologia com a mulher na vigência do sangramento.
- Se for uma paciente que não refere absolutamente nada e que vai para um screening de câncer, não faz sentindo colher citologia no momento que ela está sangrando porque o material não vai ser adequado para o exame.2.
Quais diagnósticos posso fazer ou supor a partir do exame clínico? A grande maioria dos diagnósticos podem ser feitos através da anamnese, história clínica da mulher e exame ginecológico. Por exemplo, pode-se desconfiar fortemente de um mioma submucoso pelo histórico da paciente (sangramento aumentado no período menstrual e não fora do período menstrual).
- Os miomas raramente são únicos, então a mulher que tem histórico de mioma submucoso geralmente tem mioma intramural, mioma subseroso, que ao toque pode ser percebido.
- Já na adenomiose percebe-se o útero globoso (útero em lâmpada), uniformemente globoso, com a consistência aumentada.
- Na endometriose, que pode cursar junto com a adenomiose, pode-se perceber alterações ao toque, como retroversão uterina fixa, restrição da mobilidade uterina, além das doenças inflamatórias do cólon.
Muitos diagnósticos clínicos vão se confirmar com o exame ginecológico. Outros dependem de exames complementares. O único diagnóstico que não se pode ter certeza no exame clínico são as doenças do endométrio, aquelas que dependem de exames microscópicos (neoplasia ou hiperplasia de endométrio, por exemplo).
A coleta do material deve ser enviada para a biópsia.3. Como lidar com o constrangimento da mulher que está sangrando? É exatamente variável porque, se a paciente procura o atendimento para resolver o problema de sangramento, ela não costuma se incomodar de ser examinada menstruada ou sangrando. O profissional deve perguntar para a paciente e conversar com ela.
É óbvio que a mulher vai ter que se posicionar. Deve-se perguntar: «A senhora se incomoda de ser examinada sangrando?» Se ela não quiser ser examinada sangrando, o profissional deve orientá-la que é preciso examinar para encontrar a causa do sangramento.
- O constrangimento pode existir quando a mulher está menstruada, quando está sangrando, mas depende da relação que o profissional vai estabelecer com a mulher, a empatia, a vontade de resolver o problema junto com ela.
- Isso é fundamental para que a mulher aceite fazer o exame, que em hipótese alguma, deve ser feito se ela não concordar.
Da mesma forma, se ela não concordar em fazer o exame naquele momento, deve-se explicar que ela terá que agendar um retorno para fazer o exame quando o sangramento parar. Exames complementares não vão substituir o exame ginecológico, já que o sangramento pode ser resultado de uma lesão, a qual pode-se ver a olho nu durante o exame.4.
Que procedimentos diagnósticos posso executar na primeira visita? O primeiro procedimento é a anamnese, a parte mais importante. Quando se fala em anamnese criteriosa não significa duas horas de anamnese. Significa sentar com a mulher e escutar ela falar sobre o sangramento. É impressionante como isso melhora a qualidade do atendimento.
Por exemplo, uma mulher de 47 anos que apresenta sangramento disfuncional: relata que sua menstruação está vindo irregularmente (a cada 40 ou 60 dias), quando vem é hemorrágica, que já faz uso de remédio e que quando pára de tomar o remédio o sangramento (hemorragia) volta.
Esse é um caso típico que tem que conversar com a paciente. Não adianta só ficar medicando. Tem que explicar pra paciente o que vai acontecer. Quando se medica para parar o sangramento disfuncional, é necessário medicar adequadamente, ou o sangramento será prolongado. É necessário explicar para ela que nenhum remédio faz o sangramento parar de um dia para o outro.
É fundamental explicar a forma que ela deve tomar a medicação e que o sangramento vai levar alguns dias para parar (3 a 5 dias). Do contrário, ela toma um ou dois dias, percebe que o sangramento não parou e interrompe seu uso. Nesse caso, prolonga-se o sangramento, pois a medicação hormonal sempre pode causar sangramento irregular.
Após a anamnese deve-se proceder para o exame clínico: olhar a vulva, vagina, uretra, etc. É muito comum as mulheres mais velhas, ou na pós menopausa, apresentarem carúncula uretral. A carúncula uretral é uma fragilidade do tecido terminal da uretra que ocorre por falta de estrogênio, levando ao sangramento.
Algumas vezes a mulher se queixa de sangramento vaginal mas na verdade o sangramento é decorrente da uretra e pode ser identificado no exame clínico.5. Dá pra fazer o exame especular em vigência de sangramento? Sim, é possível e muito importante de ser feito.
- A mulher com mioma submucoso em parturição, por exemplo, apresenta sangramento aumentando.
- Se a causa do sangramento for um mioma submucoso pediculado, ele pode estar em parturição, apresentando-se como um trabalho de parto do mioma.
- Ao examinar a paciente é possível ver o mioma sair pelo colo.
- Esse é um diagnóstico feito na hora.
Se for uma lesão no colo do útero, de um câncer de colo do útero, é possível visualizar durante o exame ginecológico. É necessário explicar para a mulher o que será feito, pode-se limpar/secar o sangue que está na vagina e olhar o colo do útero, vagina e avaliar se há alguma lesão, tumor na vagina, uretra ou no colo do útero.
É fundamental fazer o exame ginecológico, principalmente na vigência do sangramento.6. O exame especular é obrigatório no atendimento à uma mulher com hemorragia? Sim, é o mais indicado. Se, ao conversar com a paciente antes, durante a anamnese, ela disser que é um sangramento cíclico, que vem no período menstrual, pode-se desconfiar de um mioma.
Outra questão importante é se a mulher está ou esteve grávida. Esta pode ser outra causa de sangramento anormal, as alterações da gestação, os abortamentos precoces ou tardios, a retenção de resto ovulares. Há pacientes que podem apresentar sangramento irregular ao longo do tempo pela presença de restos ovulares, que por vezes não são diagnosticados e são tratados como sangramento disfuncional, com medicação hormonal.
Quem está na menopausa pode voltar a menstruar?
Pesquisa realizada pelo The Journal of The North American Menopause Society trouxe notícias animadoras para as mulheres com menopausa precoce. Assim, publicado no último dia 29 de março, o estudo-piloto mostrou que a retomada da menstruação é possível, assim como a gestação. Isso através do tratamento combinado de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) com Hormônio Folículo Estimulante (FSH). Plasma Rico em Plaquetas foi capaz de restaurar a função ovariana de mulheres como menopausa precoce. Fonte: Unplash O trabalho contou com a participação de um pequeno grupo, composto por 12 mulheres com menopausa precoce (em média com 44,4 anos). Sendo realizado durante um ano, de novembro de 2018 a novembro de 2019.
Elas receberam uma injeção intraovariana com PRP e FSH recombinante. É preciso salientar que o plasma foi preparado a partir de 40 mL de sangue periférico autólogo. Com esse tratamento inovador, foi observada a retomada da função ovariana após cerca de cinco semanas. Desse modo, as pacientes voltaram a menstruar em uma média de 37 dias.
Sete delas alcançaram esse feito em um mês, três em aproximadamente dois meses e uma outra, somente após cerca de três meses. Para o crescimento do folículo, a estimulação ovariana controlada durou em torno de 8 a 14 dias. Além disso, os autores do trabalho também relataram que houve uma queda expressiva do nível sérico médio de FSH.
Grupo sanguíneo ABO não tem relação com a gravidade da Covid-19, aponta estudo Menopausa: do diagnóstico ao tratamento Endometriose
Em seis, das 12 pacientes, foram efetuados 10 procedimentos de recuperação de oócitos. Dessa maneira, 13 óvulos maduros foram recuperados e houve a tentativa de fertilização via injeção intracitoplasmática de espermatozóide, isso resultou em 10 oócitos fertilizados.
Depois disso, duas mulheres receberam embriões em estágio de clivagem. Dessas, uma chegou a ficar grávida. A gestação foi constatada através da ultrassonografia e pela ausculta do batimento cardíaco fetal. Contudo, a paciente sofreu um aborto espontâneo na sétima semana. Os autores dizem, que, embora o uso Plasma Rico em Plaquetas seja experimental na medicina reprodutiva, eles conseguiram restaurar a função ovariana de pessoas com menopausa precoce.
Para eles, o mais impressionante foi uma paciente ter alcançado a gestação clínica após a fertilização in vitro com seu folículo maduro. Ainda assim, de acordo o medscape, os pesquisadores explicaram que «estima-se que os mecanismos subjacentes ao sucesso da estratégia incluem aumento na vascularização ovariana e proliferação de células estromais».
O que acontece com o nosso corpo na menopausa?
– Alterações no vigor da pele, dos cabelos e das unhas, que ficam mais finos e quebradiços; – Alterações na distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar mais na região abdominal; – Perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia; – Risco aumentado de doenças cardiovasculares.
O que pode acontecer se não fazer reposição hormonal?
Aumento do risco de câncer de endométrio e mama. Acidente vascular cerebral (derrame). Infarto.
Como fica a cor da menstruação na Pré-menopausa?
Cor da menstruação preta – O sangue preto é, na verdade, um marrom bem escuro, o que também indica que a menstruação demorou mais para descer do útero até a vagina. Ele geralmente é mais antigo, só isso. Dessa forma, os sangramentos mais escuros podem acontecer por diversos motivos, desde uso de anticoncepcional, pílula do dia seguinte, proximidade da menopausa, gravidez Se não vem acompanhado de outros sintomas, geralmente não representa um problema.
Qual a cor do corrimento na menopausa?
Corrimento vaginal nas mulheres adultas Corrimento vaginal é o termo para fluido ou muco que vem da vagina. O corrimento vaginal é uma preocupação comum entre as mulheres e frequentemente as leva a procurar assistência médica. Alguma quantidade de corrimento vaginal é normal, a menos que ocorra com coceira, ardor ou outros sintomas incômodos.
O corrimento vaginal é feito pelas células da pele da vagina e do colo do útero sob a influência do hormônio feminino, o estrogênio. As mulheres que estão na menopausa normalmente têm corrimento vaginal mínimo como resultado de níveis mais baixos de estrogênio. Em mulheres que estão na pré-menopausa, é normal ter cerca de meia a uma colher de chá (2 a 5 mL) de corrimento vaginal branco ou claro, espesso, semelhante a muco e principalmente inodoro.
No entanto, a quantidade e a consistência da descarga variam de uma mulher para outra. A quantidade também pode variar em diferentes momentos durante o ciclo menstrual. Pode se tornar mais perceptível em determinados momentos, como durante a gravidez, com o uso de pílulas anticoncepcionais/adesivo/anel vaginal, próximo à ovulação e na semana anterior ao período menstrual.
- Normalmente, o corrimento contém células da pele vaginal, bactérias e muco e fluidos produzidos pela vagina e colo do útero.
- Uma descarga normal geralmente tem um leve odor e pode causar leve irritação da vulva.
- Esse corrimento ajuda a proteger o trato vaginal e urinário contra infecções e fornece lubrificação aos tecidos vaginais.
Corrimento vaginal é comum e normal. No entanto, corrimento vaginal com os seguintes sinais e sintomas não é normal e deve ser avaliado por um profissional de saúde:
Coceira na vulva, abertura vaginal ou lábios Vermelhidão, queimação, dor ou inchaço da pele vulvar Corrimento espumoso ou amarelo-esverdeado Mau odor Corrimento vaginal com sangue Dor durante relação sexual ou micção Dor abdominal ou pélvica
As causas mais comuns de corrimento vaginal incluem:
Infecção vaginal (infecção fúngica ou bacteriana, tricomonas) A reação a um corpo estranho (como absorvente interno ou preservativo esquecido) ou substância (como espermicida, sabonete) As alterações que ocorrem após a menopausa podem causar ressecamento vaginal, especialmente durante o sexo, bem como corrimento vaginal aquoso ou outros sintomas
Geralmente não é possível saber se o corrimento vaginal é normal ou não sem um exame. Um exame físico e exames da amostra vaginal obtida é a maneira mais precisa de determinar a causa do corrimento vaginal anormal. Em alguns casos, é possível fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento imediatamente, com base no exame físico e exames laboratoriais rápidos que podem ser realizado à beira do leito. Se um profissional de saúde recomendar tratamento para seus sintomas vaginais, certifique-se de entender o que o resultados dos seus exames mostraram e que tipo de infecção você tem. Parceiros sexuais de mulheres com infecção sexualmente transmissível, como clamídia, gonorreia ou tricomonas, precisam de avaliação e tratamento.
Se o tratamento for necessário, você deve evitar ter relações sexuais até que o tratamento seja concluído. As mulheres que desenvolvem infecções bacterianas ou fúngicas com frequência podem ser aconselhadas a usar um tratamento preventivo Corrimento vaginal anormal pode ter maior probabilidade de se desenvolver em mulheres que praticam certos hábitos, como aquelas que usam:
Duchas Absorventes íntimos diários Sprays, talcos ou sabonetes de «higiene feminina» Banhos de espuma ou outros produtos de banho perfumados Roupas sintéticas apertadas (por exemplo, tangas, roupas íntimas sintéticas)
Práticas mais saudáveis incluem o seguinte:
Use água ou sabão sem perfume para lavar a genitália, use água morna (não quente) e a mão (não um pano) Não faça duchas nem use produtos de higiene feminina; se o odor ou a secreção forem incômodos, consulte um profissional de saúde Evite banhos quentes com produtos perfumados Use roupas íntimas de algodão Lave os genitais com água e/ou seque-os depois de ir ao banheiro; evite o uso de lenços umedecidos ou papel higiênico perfumado
Fonte: UpToDate : Corrimento vaginal nas mulheres adultas
Quando a menstruação só sai no papel?
O que é sangramento de escape? – Sangramento de escape, também conhecido pelo nome em inglês «spotting» (que significa mancha) é um sangramento leve que ocorre fora do seu período menstrual. O spotting normalmente envolve pequenas quantidades de sangue e você pode notá-lo na sua roupa íntima ou no papel higiênico depois de usar o banheiro.
É normal sentir dor no pé da barriga na menopausa?
17. Sensação de barriga inchada – A sensação de estar com a barriga inchada ou distendida é comum no período de menopausa precoce. Mulheres que já apresentavam esse sintoma durante a menstruação costumam ser as que mais apresentam o inchaço nesta fase.
Como é o sangramento na Pré-menopausa?
30 nov 2019 Sistematizamos as principais questões sobre Sangramento Vaginal Anormal enviadas pelos usuários do Portal durante Encontro com a Especialista Dr.ª Juraci Ghiaroni, médica ginecologista, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizado em 27/06/2019,
O sangramento vaginal anormal é um dos temas mais importantes da especialidade de ginecologia dentro da tríade sintomática: alterações de sangramento, dor e corrimentos vaginais. Atualmente utiliza-se o termo: Sangramento Uterino Anormal (SUA), Classicamente isso era chamado de Sangramento Uterino Disfuncional ou Hemorragia Uterina Disfuncional,
Para caracterizar um sangramento anormal é necessário caracterizar o sangramento normal. A queixa de sangramento vaginal em crianças e meninas que ainda não tenham iniciado os períodos menstruais ou em mulheres que estão há mais de um ano sem menstruar (menopausa), sempre terá que ser investigada.
Se a queixa da mulher for um sangramento irregular e ela não for atendida porque está sangrando, não será possível prestar nenhum serviço adequado à ela. A consulta ginecológica não é só a coleta do papanicoulau, e por isso as mulheres que chegam com esta queixa devem ser atendidas, mesmo durante o sangramento.
Toda mulher com queixa de sangramento vaginal anormal deve ser examinada. Se ela não for examinada durante a vigência do sangramento perde-se a chance de diagnosticar a fonte do sangramento. O sangramento pode vir do útero, de lesões na vulva, de traumas vaginais, de tumores no colo do útero, da uretra, da região anal.
Isso porque a mulher, com frequência, não consegue localizar bem o foco do sangramento, sendo necessário o exame do profissional. É imprescindível examinar a mulher, mesmo que ela esteja sangrando. Os parâmetros para definir aumento do sangramento é que a mulher compare o fluxo dela com ela mesma. Na literatura aceita-se um parâmetro de sangramento em torno de 80ml, o que dificulta a identificação.
Perguntas mais gerais podem ser feitas: se ela consegue esperar 3 horas para trocar o absorvente, quantos absorventes ela usa durante período menstrual (não deve ultrapassar 20), se ela precisa levantar a noite para trocar o absorvente, se elimina coágulos maiores que 1cm.
- As causas do sangramento vaginal anormal são variadas.
- Nas CRIANÇAS é imprescindível pensar na possibilidade de violência sexual (embora esta não seja a única causa), nos tumores (embora estes sejam extremamente raros), e na precocidade sexual.
- Da mesma forma, a MULHER que parou de menstruar na época devida (após os 45 anos), já está há pelo menos um ano sem menstruar e recebeu diagnóstico de menopausa (pela dosagem hormonal e histórico).
Qualquer sangramento que apareça depois dessa fase precisa ser investigado. ADOLESCENTES (MENACME) No menacme (fase que a mulher é fértil) o relato de sangramento vaginal anormal é frequente e pode ter inúmeras causas. Logo após a primeira menstruação (menarca), os dois ou três primeiros anos de ciclos menstruais, tendem a ser irregulares.
O motivo para que isso ocorra, de modo geral, é que os primeiros ciclos são anovulatórios (os mecanismos de liberação de LH ainda não estão totalmente amadurecidos), por isso são irregulares (podendo chegar a 40-50 dias de intervalo) e quando o fluxo menstrual acontece ele pode ser muito abundante. Isso tende a se normalizar quando os ciclos tornam-se ovulatórios.
Algumas vezes é necessário tratamento intervencionista. Muitas vezes o sangramento anormal é limitado, não comprometendo o estado geral da adolescente. Já em alguns casos, as adolescentes podem desenvolver quadros de coagulopatia, daí a importância de se investigar através de exames laboratoriais.
- As vezes é preciso tratar a anemia, em alguns casos tratar o sangramento com progesterona ou até mesmo interromper o sangramento porque a adolescente chega na emergência com sangramento volumoso, comprometendo seu estado geral.
- É importante acompanhar os critérios para decidir quando tratar.
- Todas as mulheres que na menacme se apresentarem com a queixa de sangramento anormal, terão que ser examinadas.
FASE PRÉ MENOPAUSA Neste período a mulher começa a ter ciclos anovulatórios novamente. Diferente do início da menstruação, os ciclos anovulatórios ocorrem porque nesta fase já esgotaram-se os folículos. Também é comum ocorrer sangramento menstrual excessivo e irregular durante este período.
A grande diferença é que na fase da pré menopausa, devido à mulher não voltar a menstruar e produzir progesterona, há possibilidade de alterações de linhagem maligna no endométrio. O sangramento disfuncional, anovulatório na pré menopausa deve sempre ser investigado. O endométrio pode apresentar uma proliferação persistente, uma hiperplasia sem atipia, hiperplasia com atipia e até mesmo um câncer de endométrio.
O que vai ditar o tratamento será este diagnóstico. Os sangramentos genitais mais comuns são:
Miomas Uterinos (leiomiomas ou fibromas): tumores benignos da musculatura do útero. Os estudos apontam que pelo menos 30% das mulheres são portadoras de miomas. Na maioria das vezes eles não causam nenhuma sintomatologia, isso porque depende da localização do mioma no útero para que haja sintomas. Os miomas mais sintomáticos, do ponto de vista de sangramento, são os que crescem para dentro da cavidade uterina (miomas submucosos), que mesmo em pequeno tamanho causam sangramento uterino aumentado. Uma de suas características é que o aumento do sangramento ocorre durante o período menstrual, por isso é fundamental a realização de uma boa anamnese. As possibilidades de tratamento para os casos de miomas sintomáticos são muitas. No entanto, os miomas, só por existirem, não são obrigatoriamente passíveis de tratamento. Se forem pequenos e assintomáticos não precisam ser tratados.
Pólipos endometriais: podem causar sangramento, geralmente de pequeno volume, fora do período menstrual. Adenomiose : também causa sangramento aumentado durante o período menstrual. Caracteriza-se pela presença de focos de endometriose dentro do miométrio. O útero fica globosamente aumentado, de maneira irregular. O fluxo menstrual é aumentado, habitualmente acompanhado de cólicas (dismenorréia). Doenças malignas, Embora o câncer de endométrio seja mais comum em uma idade avançada, a mulher que apresenta sangramento irregular, que perde a referência do seu ciclo devido à continuidade do sangramento, deve-se lembrar sempre desta possibilidade (câncer de endométrio, sarcoma e doença hiperplásica – com ou sem atipia).
Sangramento vaginal por tumor
Sangramento vaginal por infecções genitais: por infecções do colo do útero que levem à cervicite aguda;
Traumas;
Causas não genitais: coagulopatias, iatrogênica, não classificadas.
Quando a mulher faz uso de qualquer medicamento hormonal ela pode sangrar irregularmente. Mesmo os dispositivos intrauterinos, pílulas, implantes hormonais etc. Perguntar isso é fundamental quando a mulher se queixa de sangramento anormal. O único hormônio que pára o sangramento é o estrogênio.
- O mais importante da consulta é fazer uma boa anamnese e caracterizar o sangramento: duração, intensidade, características e por fim, SEMPRE EXAMINAR a mulher na vigência do sangramento.
- Abaixo a gravação do Encontro na íntegra.
- O Encontro com o Especialista é uma webconferência realizada quinzenalmente com especialistas de diversas áreas.
Para participar é necessário se inscrever no evento, assim você poderá enviar dúvidas que serão respondidas ao vivo! Fique atento à agenda de Encontros com o Especialista, Inscreva-se já! Conteúdo Relacionado
Postagem – Consulta de Enfermagem às Mulheres na Atenção Básica Postagem – Exames Preventivos na Mulher: indo além do Rastreio dos Cânceres de Colo e de Mama Postagem – Principais questões sobre Rastreio do Câncer de Colo de Útero
Perguntas & Respostas 1. Posso colher uma citologia em vigência de sangramento? Depende do motivo da consulta. Mas certamente deve-se examinar a paciente. A coleta da citologia para o papanicolau tem uma sistematização diferente: não tem que fazer com a frequência que se recomendava antes.
Recomenda-se hoje que, depois de três exames negativos para malignidade, pode-se espaçar a coleta de três em três anos. A paciente que chega na consulta com queixa de sangramento, deve-se examinar e observar durante o exame ginecológico alterações no colo do útero, como ectopia friável, sangramento ao toque.
Deve-se colher citologia nestes casos, pois pode ser uma doença maligna. Em algumas situações a mulher chega com câncer de colo do útero com queixa de sangramento uterino, sangramento vaginal anormal e você não se pode perder a chance de colher o material para fazer o diagnóstico.
- Em muitos casos é possível e indicado colher citologia com a mulher na vigência do sangramento.
- Se for uma paciente que não refere absolutamente nada e que vai para um screening de câncer, não faz sentindo colher citologia no momento que ela está sangrando porque o material não vai ser adequado para o exame.2.
Quais diagnósticos posso fazer ou supor a partir do exame clínico? A grande maioria dos diagnósticos podem ser feitos através da anamnese, história clínica da mulher e exame ginecológico. Por exemplo, pode-se desconfiar fortemente de um mioma submucoso pelo histórico da paciente (sangramento aumentado no período menstrual e não fora do período menstrual).
Os miomas raramente são únicos, então a mulher que tem histórico de mioma submucoso geralmente tem mioma intramural, mioma subseroso, que ao toque pode ser percebido. Já na adenomiose percebe-se o útero globoso (útero em lâmpada), uniformemente globoso, com a consistência aumentada. Na endometriose, que pode cursar junto com a adenomiose, pode-se perceber alterações ao toque, como retroversão uterina fixa, restrição da mobilidade uterina, além das doenças inflamatórias do cólon.
Muitos diagnósticos clínicos vão se confirmar com o exame ginecológico. Outros dependem de exames complementares. O único diagnóstico que não se pode ter certeza no exame clínico são as doenças do endométrio, aquelas que dependem de exames microscópicos (neoplasia ou hiperplasia de endométrio, por exemplo).
A coleta do material deve ser enviada para a biópsia.3. Como lidar com o constrangimento da mulher que está sangrando? É exatamente variável porque, se a paciente procura o atendimento para resolver o problema de sangramento, ela não costuma se incomodar de ser examinada menstruada ou sangrando. O profissional deve perguntar para a paciente e conversar com ela.
É óbvio que a mulher vai ter que se posicionar. Deve-se perguntar: «A senhora se incomoda de ser examinada sangrando?» Se ela não quiser ser examinada sangrando, o profissional deve orientá-la que é preciso examinar para encontrar a causa do sangramento.
O constrangimento pode existir quando a mulher está menstruada, quando está sangrando, mas depende da relação que o profissional vai estabelecer com a mulher, a empatia, a vontade de resolver o problema junto com ela. Isso é fundamental para que a mulher aceite fazer o exame, que em hipótese alguma, deve ser feito se ela não concordar.
Da mesma forma, se ela não concordar em fazer o exame naquele momento, deve-se explicar que ela terá que agendar um retorno para fazer o exame quando o sangramento parar. Exames complementares não vão substituir o exame ginecológico, já que o sangramento pode ser resultado de uma lesão, a qual pode-se ver a olho nu durante o exame.4.
- Que procedimentos diagnósticos posso executar na primeira visita? O primeiro procedimento é a anamnese, a parte mais importante.
- Quando se fala em anamnese criteriosa não significa duas horas de anamnese.
- Significa sentar com a mulher e escutar ela falar sobre o sangramento.
- É impressionante como isso melhora a qualidade do atendimento.
Por exemplo, uma mulher de 47 anos que apresenta sangramento disfuncional: relata que sua menstruação está vindo irregularmente (a cada 40 ou 60 dias), quando vem é hemorrágica, que já faz uso de remédio e que quando pára de tomar o remédio o sangramento (hemorragia) volta.
Esse é um caso típico que tem que conversar com a paciente. Não adianta só ficar medicando. Tem que explicar pra paciente o que vai acontecer. Quando se medica para parar o sangramento disfuncional, é necessário medicar adequadamente, ou o sangramento será prolongado. É necessário explicar para ela que nenhum remédio faz o sangramento parar de um dia para o outro.
É fundamental explicar a forma que ela deve tomar a medicação e que o sangramento vai levar alguns dias para parar (3 a 5 dias). Do contrário, ela toma um ou dois dias, percebe que o sangramento não parou e interrompe seu uso. Nesse caso, prolonga-se o sangramento, pois a medicação hormonal sempre pode causar sangramento irregular.
Após a anamnese deve-se proceder para o exame clínico: olhar a vulva, vagina, uretra, etc. É muito comum as mulheres mais velhas, ou na pós menopausa, apresentarem carúncula uretral. A carúncula uretral é uma fragilidade do tecido terminal da uretra que ocorre por falta de estrogênio, levando ao sangramento.
Algumas vezes a mulher se queixa de sangramento vaginal mas na verdade o sangramento é decorrente da uretra e pode ser identificado no exame clínico.5. Dá pra fazer o exame especular em vigência de sangramento? Sim, é possível e muito importante de ser feito.
- A mulher com mioma submucoso em parturição, por exemplo, apresenta sangramento aumentando.
- Se a causa do sangramento for um mioma submucoso pediculado, ele pode estar em parturição, apresentando-se como um trabalho de parto do mioma.
- Ao examinar a paciente é possível ver o mioma sair pelo colo.
- Esse é um diagnóstico feito na hora.
Se for uma lesão no colo do útero, de um câncer de colo do útero, é possível visualizar durante o exame ginecológico. É necessário explicar para a mulher o que será feito, pode-se limpar/secar o sangue que está na vagina e olhar o colo do útero, vagina e avaliar se há alguma lesão, tumor na vagina, uretra ou no colo do útero.
É fundamental fazer o exame ginecológico, principalmente na vigência do sangramento.6. O exame especular é obrigatório no atendimento à uma mulher com hemorragia? Sim, é o mais indicado. Se, ao conversar com a paciente antes, durante a anamnese, ela disser que é um sangramento cíclico, que vem no período menstrual, pode-se desconfiar de um mioma.
Outra questão importante é se a mulher está ou esteve grávida. Esta pode ser outra causa de sangramento anormal, as alterações da gestação, os abortamentos precoces ou tardios, a retenção de resto ovulares. Há pacientes que podem apresentar sangramento irregular ao longo do tempo pela presença de restos ovulares, que por vezes não são diagnosticados e são tratados como sangramento disfuncional, com medicação hormonal.
Quais são as dores causadas pela menopausa?
Outro problema que passa a ser percebido mais comumente no climatério é a fibromialgia, uma dor muscular generalizada e crônica. Problemas com o sono, cansaço, ansiedade, depressão e alterações de concentração e memória também são relatados pelas pacientes que sofrem da doença.